Eduardo Loureiro destaca a retomada da licitação para construção da sede própria da Uergs em São Luiz Gonzaga
Deputado também abordou assuntos de interesse dos municípios, como auxílio aos hospitais e os trabalhos de reequilíbrio financeiro do RS. Foto: Kelvin Morais/Rádio São Luiz
O deputado estadual Eduardo Loureiro (PDT) visitou a Rádio São Luiz na manhã desta sexta-feira, 1°. Acompanhado pelo ex-prefeito de Giruá Ângelo Fabiam Thomas, pelo presidente do PDT de São Luiz Gonzaga, Eliseu Argolo de Morais, e pelo vereador Francisco Lourenço, Loureiro destacou os trabalhos realizados em prol da região, principalmente, pela sua recondução à presidência da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do RS.
Segundo Loureiro, assim como no último mandato, a sua atuação na Comissão tem o objetivo de “defender os municípios e fazer com que mais recursos possam chegar até às administrações municipais”. De acordo com o parlamentar, “temos trabalhados vários temas importantes ao desenvolvimento das regiões do Estado, como infraestrutura, acessos municipais, hospitais filantrópicos, e o fortalecimento das instituições de ensino, como no caso da Uergs de São Luiz Gonzaga”.
LICITAÇÃO DA UERGS SERÁ RETOMADA – O pedetista destacou que a Uergs deverá ser enfim contemplada com a construção de sua sede própria, citando o empenho do vereador Francisco Lourenço (Chiquinho) que pleiteou os recursos dos parlamentares Afonso Motta e Lasier Martins para a obra e da solicitação para que a licitação fosse liberada novamente após suspensão dos processos licitatórios em andamento decretada pelo Governo do Estado: “A pedido do vereador Chiquinho, estivemos na CELIC/RS para tratar desse assunto e, felizmente, obtivemos nesta semana a confirmação da liberação do processo licitatório, com previsão de abertura das propostas para o próximo dia 15 de março”, destacou Loureiro, que também estaria nesta sexta-feira visitando o Hospital São Luiz Gonzaga para tratar sobre as dificuldades financeiras da instituição.
CENÁRIO NO RIO GRANDE DO SUL – Analisando o cenário atual, o deputado destacou que o grande tema no RS vai continuar sendo o equilíbrio fiscal: “O governador vai seguir pautando essa questão, e devemos buscar esse equilíbrio para que possamos voltar a investir e nos desenvolver. Hoje, o Estado não tem dinheiro para cumprir suas necessidades básicas, e muito disso ocorre porque a Gestão Pública ainda é insuficiente e burocrática. Temos de incorporar técnicas de gestão que são utilizadas pela iniciativa privada mas que ainda não existem na administração pública. O brasileiro paga uma das maiores cargas tributárias do mundo e por isso temos de entregar serviços de qualidade, o que não acontece por problemas na área de gestão, como gastos excessivos, desperdício de recursos e falta de planejamento”, explicou.
Loureiro analisou a forma com que o governo está trabalhando para resolver as questões financeiras do RS: “Nós concordamos com o equilíbrio fiscal, mas talvez a gente discorde dos caminhos que devem ser percorridos para alcançar esse objetivo. Por exemplo: uma das pautas da AL é aquele que retira da Constituição a obrigação de ouvir a população sobre a venda ou não das estatais. Se esse projeto for aprovado, vamos perder uma grande oportunidade de aprofundar o debate acerca de nossas estatais, pois eu não acredito que vender uma empresa pública que dê lucro vai resolver alguma coisa. Eu não concordo que vender ativo e perder o patrimônio e o lucro dessas empresas vai resolver a situação. Agora, se tiver uma estrutura que implique que o Estado acabe arcando com o rombo de empresas estatais, serei o primeiro a vir defender a venda dessas empresas. Mas eu gostaria muito de ouvir a população, que é a verdadeira dona dessas empresas”.
SERVIDORES – Questionado sobre a aprovação do fim das licenças-prêmio aos servidores públicos, Loureiro ressaltou que votou contra o projeto, pois, segundo ele, “até acho que seria razoável atualizar essa legislação que prevê a cada cinco anos uma licença de três meses, pois, muitas vezes, isso se transformava em pecúnias, ou seja, era pago. Mas agora, retirar isso dos servidores neste período traumático que estão enfrentando é complicado. Pego, por exemplo, os professores que estão sem receber o piso, com o salário congelado por quatro anos e ainda estão recebendo parcelado. Isso é uma injustiça tremenda. Eu votei contra pensando em primeiro lugar nos professores, mas também, nos outros servidores que também estão nessa situação e terão prejuízos. Acredito que teria de ter havido um diálogo, mas não ocorreu. Simplesmente se acabou o benefício para todos prejudicando ainda mais aqueles que estão em dificuldades. E eu não vejo o mesmo empenho do governo em resolver outras questões como o combate à sonegação, cobrança de dívida ativa e da revisão das isenções fiscais às grandes empresas. Acabam votando com a maior facilidade projetos que tiram benefícios dos servidores, mas não conseguem votar os que tratam de isenções fiscais. Essa conta não pode estourar só no trabalhador”, finalizou o deputado.
Fonte: Emerson Scheis/Rádio São Luiz