Presidente da Câmara destaca que vai buscar o diálogo com os vereadores para definir os rumos do estacionamento rotativo em São Luiz Gonzaga

Em entrevista ao programa Olho Vivo desta quinta-feira, o presidente da Câmara de Vereadores, José Antônio (Piti) Flach Werle, falou sobre os desdobramentos da rejeição ao projeto que criava os cargos de agentes fiscais de trânsito no município.

Conforme o vereador, na manhã de ontem os vereadores receberam os monitores que trabalham no estacionamento rotativo da cidade. Segundo Piti, “a reunião foi muito produtiva, e o que deve ser feito para reverter essa situação é de que os vereadores revisem o seu voto. Ontem conversei com o presidente da Comissão de Infraestrutura (vereador Francisco Lourenço) e iremos nos reunir com a Comissão para colocar aos vereadores de que a empresa está disposta a cumprir com os itens elencados nas reuniões como: o aumento do número dos monitores; instalação de dois parquímetros; e redimensionamento dos espaços das vagas. São questões que a empresa já deveria ter feito, mas acredito que a mesma está disposta a fazer um termo de compromisso e sinto que pode haver uma nova análise por parte dos vereadores”, salientou o presidente.

Segundo Piti, como a contratação dos agentes fiscais é realizada através de concurso público, durante esse período a empresa poderá efetuar as melhorias propostas. Para o projeto de lei retornar para a Câmara, no entanto, é necessária a concordância de 2/3 dos vereadores da Casa: “Eu quero conversar com todos, mas, em primeira mão, quero conversar com a Comissão de Infraestrutura e mostrar a vontade da empresa em firmar o compromisso com o Executivo e, havendo entendimento, esperamos que o projeto volte ao plenário. E lógico que a parte mais frágil é a das pessoas que estão trabalhando e precisam desse emprego. É muito triste as pessoas perderem seu emprego. Assim, vamos fazer o possível através do dialogo entre os vereadores”.

Sobre falhas na articulação política, Piti disse que ficou evidente: “Na Câmara, as matérias são analisadas de forma isolada e existe um contexto em que os vereadores são pressionados. Isso começou pela análise do projeto da insalubridade dos servidores, no qual a Câmara rejeitou e a prefeitura ingressou na justiça, o que resultou em uma liminar. Mas o problema ainda não foi resolvido e os funcionários estão indo à Câmara para buscar junto aos vereadores soluções, embora não tenhamos capacidade de interferir nesse processo dentro da justiça. E, como existe uma pressão muito grande em cima dos vereadores, esse problema acaba afetando as relações. Porém, acredito que todos nós temos de buscar esse entendimento para que fatos dessa ordem não se repitam. E, principalmente, para evitar que todo esse trabalho feito nos últimos dois anos, que foi de aceitação do estacionamento pela comunidade, não tenha sido em vão. Existe quem aprove e quem não aprove, mas temos de fazer o esforço para que as coisas continuem e buscar o melhoramento desse serviço”, enfatizou o presidente.

Fonte: Emerson Scheis/Rádio São Luiz