Vereadora Ana Barros é contra o ponto facultativo nos serviços prioritários, como escolas infantis e postos de saúde
ACESSIBILIDADE – Em entrevista à Rádio São Luiz nesta terça-feira, a vereadora Ana Barros (PT) levantou novamente a questão da acessibilidade no município. Segundo a edil, que realizou um levantamento de idosos, pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes, o número dessa população foi de 3.290 pessoas. Conforme Ana, “a cidade não é acessível para esse público, tirando o direito de ir e vir dessas pessoas que recebem e contribuem para o comércio local”, destacou a vereadora, citando ainda a recente luta contra a Reforma da Previdência, a qual, segundo ela, prevê a redução da aposentadoria em R$ 400,00 para essas pessoas: “Teve um colega que ficou indignado com minha intervenção no protesto de sexta-feira, mas eu penso que não precisa baixar o nível, pois cada um defende a sua posição”.
Ainda segundo a edil, “eu acredito que a Câmara é pluripartidária e somos representantes do povo, quer queira ou não, e estou tranquila na minha posição na defesa para que as pessoas tenham direito à sua aposentadoria, muito embora tenha colegas que se indignam com isso, que não defendem publicamente sua posição e ficam nos agredindo com palavras. Mas isso não vai diminuir minha vontade de lutar e minha história na defesa dos trabalhadores”, enfatizou.
CONTRA O PONTO FACULTATIVO – Na mesma entrevista, Ana Barros apresentou sua contrariedade ao decreto que estipula o ponto facultativo na sexta-feira, após o feriado de quinta: “Defendo os trabalhadores e uma carga horária justa para eles conviverem com suas famílias. Agora, eu quero os trabalhadores se coloquem no lugar do outro e compreendam a minha posição: nós temos escolinhas que as mães que trabalham deixam seus filhos, e, com o ponto facultativo, as mesmas estarão fechadas, e tão logo se cria um caos social. Eu entrei com uma solicitação para que o prefeito ajuste os horários das escolinhas com o horário do comércio mas com turnos diferenciados para não prejudicar os trabalhadores”. A vereadora citou também a situação dos postos de saúde perante o ponto facultativo, que estarão fechados a partir de quinta e só retornam na segunda-feira, vindo a superlotar o atendimento do hospital. “Ao invés de dar um reforço no atendimento, o prefeito dá um ponto facultativo. A minha defesa é que eles (servidores) recebam a insalubridade e um salário justo, mas que trabalhem nesses dias, pois a população precisa desses serviços prioritários”, salientou Ana.
Fonte: Emerson Scheis/Rádio São Luiz