Presidente estadual do CPERS esteve em São Luiz para tratar sobre o fechamento de escolas do campo
Nesta quinta-feira, o 33° Núcleo do CPERS em São Luiz recebeu a visita da presidente do Sindicato no RS, Helenir Aguiar Schürer, em reunião que contou com a presença de diretoras de escolas do campo que deverão ser fechadas, conforme anunciado pela 32ª Coordenadoria Regional de Educação.
Conforme o presidente do 33º Núcleo do CPERS, Joner Marchi, “convocamos essa reunião com a presidente estadual para tratar com as professoras e a comunidade sobre esses fechamentos e mostrar que somos contrários. Sabemos que onde existiam escolas em comunidades e que foram fechadas, as localidades acabaram. Queremos conversar justamente para ver se realmente há a necessidade de fechar, pois temos a convicção de que é um grave problema para as comunidades”, explicou.
Presente na reunião, a professora Fatima Stalter, diretora da Escola Florentino Pinto de Menezes, no Rincão dos Pintos, discorreu sobre o seu ponto de vista. Para ela, “a comunidade acaba perdendo, pois a escola do campo vai além do conhecimento; ela dá a vida para a comunidade. Por isso, queremos ver se temos um suporte para que as comunidades mantenham as escolas abertas”.
A presidente estadual do CPERS, Elenir Schürer, enfatizou que “essas escolas têm papel importante para as comunidades. A criança que mora na comunidade é acostumada a ir à escola, e há uma continuidade. E, quando uma escola do campo fecha, ela é deslocada para escolas distantes. Vimos muitas vezes crianças nessa situação tendo de acordar às cinco da manhã para ir à escola, dependendo de transporte escolar, e, para exemplificar, neste ano, tivemos problemas de falta de transporte escolar. E também há outra questão: geralmente essas escolas estão no espaço da agricultura familiar, e quando as crianças vão estudar na cidade, acabam não retornando para o campo. E o êxodo rural se dá assim. É fácil o governo dizer que somos contra o fechamento alegando que ‘queremos ficar no bem bom’. Mas o fato é que sabemos que escolas e igrejas são referências nas localidades, e, no momento em que elas fecham, muitas vezes as comunidades acabam também”, salientou.
Fonte: Rádio São Luiz
Foto: Alcides Figueiredo/Rádio São Luiz