Presidente do 33° Núcleo do CPERS convoca para a paralisação geral no próximo dia 13

Em entrevista ao programa Expressão Livre, o presidente do 33º Núcleo do CPERS Sindicato, Joner Marchi, falou sobre a mobilização dos professores frente a nova paralisação geral, prevista para ocorrer na próxima terça-feira, 13 de agosto.

Conforme Joner, a pauta reclamatória compreende os cortes de verbas para a Educação, o movimento de privatização do ensino público, sucateamento das escolas e desvalorização dos professores. A mobilização ocorrerá com concentração em Porto Alegre, mas o 33º Núcleo espera uma boa adesão da categoria para realizar a paralisação em São Luiz Gonzaga: “O bom seria fazer aqui, porque se for na capital a mídia pouco mostra, pois está alinhada com os interesses do governo”, explicou. Conforme o presidente, comunicados estão sendo encaminhados às escolas estaduais para a adesão à paralisação geral.

Joner também discorreu sobre a situação atual do magistério no Estado: “Estamos há cinco anos com salários congelados, sem reajustes. E, quando não se investe em educação pública, acaba por facilitar a abertura de escolas privadas, onde acaba indo quem quer boas escolas. Mas e quem tem condições? A grande maioria não tem. E por que isso está ocorrendo na escola pública? Porque se pretende fazer uma divisão, com a escola do pobre e a escola do rico”, enfatizou.

Sobre o aviso de fechamento de escolas das zonas rurais da área de abrangência da 32ª CRE, Joner salientou que “hoje se tem um projeto de fechar as escolas do campo e de entregar o ensino fundamental para os municípios. Teremos o fim do Fundeb em 2020 e até agora o governo não disse quem vai financiar a educação”. Questionado sobre a possibilidade de reverter a decisão de fechamento dos educandários, o presidente do CPERS destacou: “Somente se a comunidade se manifestar. O coordenador de Educação justificou a medida com dados técnicos, mas sabemos que esses números são momentâneos. Nos perguntaram a nossa opinião e dissemos que é a comunidade quem deve decidir. Somos contra o fechamento porque, quando uma escola acaba, a comunidade ao redor morre, pois é o local onde os moradores se envolvem em integração e é um ponto de referência da comunidade. Além disso, o aluno que sai muito novo de sua localidade acaba por vir para a cidade e perde sua identidade”, finalizou.

Fonte: Rádio São Luiz

Foto: Kelvin Morais/Rádio São Luiz