Setembro Amarelo: é importante falar sobre o suicídio
A melhor dica é ouvir quem está em sofrimento, sem julgamentos. (Foto: divulgação)
Problema sério de saúde pública, o suicídio é tema da campanha Setembro Amarelo. Conforme o psiquiatra Augusto Dutra Giacomelli, que atende no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São Luiz Gonzaga, a ação, assim como a Outubro Rosa, que evidencia o câncer de mama, e a Novembro Azul, que fala sobre o câncer de próstata, é importante para que as pessoas saibam do problema e possam prevenir e ajudar quem sofre.
O psiquiatra comenta que por muitos anos houve o entendimento que falar ou ouvir alguém nesta condição seria incentivar o ato, quando na verdade este é um dos primeiros passos para ajudar. “Pensar em suicídio é um sinal de sofrimento. Não é problema de ‘quem não tem o que fazer’, para chamar atenção ou ‘coisa do diabo’. Isso são mitos. Ouvir vai ajudar a aliviar e proporcionar que a pessoa aceite ser levada ao médico”, explica.
Outro mito, segundo Giacomelli, é que “quem quer se matar se mata mesmo”. Dados mostram que 90% das pessoas que cometeram suicídio comunicaram pessoas próximas e procuraram atendimento. “A medida que não tiveram ajuda médica voltaram a repetir os atos de forma mais letal a ponto de ter consumado”, revela.
Na grande maioria dos casos, o suicídio está associado a doença mental, mas não significa que uma pessoa sem a doença possa cometer o ato extremo. “Às vezes, em um momento de crise, desavença conjugal, problema familiar, estado de angústia intensa, a pessoa não consegue lidar com aquela situação”, comenta.
Onde procurar ajuda
No município, as pessoas podem procurar ajuda nos ESFs, postos de saúde, hospital, CAPS e CAPS ad.
Precisa de ajuda?
Ligue para o número 188 – Centro de Valorização da Vida
Horário: 24 horas, 7 dias por semana
Website: www.cvv.org.br