UTI em São Luiz Gonzaga: Integrantes da Comissão Pró-Hospital da Câmara destacam as ações realizadas pela implantação da unidade no HSLG
A Comissão Especial Pró-Hospital continua com as deliberações em busca da implementação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em São Luiz Gonzaga. Atualmente, o discurso do poder Legislativo, do Executivo e do corpo diretivo do Hospital de São Luiz Gonzaga (HSLG) é o de lutar e mobilizar forças na busca por recursos que viabilizem o pleito.
Segundo a presidente da comissão, a vereadora Ana Barros (PT), a mesma foi formada quando o Poder Legislativo se envolveu na defesa pela UTI, articulando entre projetos técnicos e projetos políticos. À comissão, formada por um representante de cada partido da casa legislativa, cabe o desafio de buscar recursos junto aos deputados estaduais e federais, assim como a senadores.
Um dos próximos passos que devem ser dados pelo grupo é busca de valores em Brasília, junto à bancada gaúcha. Para ela, existe um árduo trabalho a ser desenvolvido, mas que é necessário, uma vez que defende que o hospital local deve se tornar um polo regional de saúde. Ana afirma que atualmente o número de leitos de UTI na região é de 63, sendo que a demanda é por 108 vagas: “Isso demonstra a necessidade de termos essa unidade no município. Essa demanda não é apenas da comunidade são-luizense, mas sim regional, de todos os nove municípios que integram o consórcio com o hospital”, enfatiza. Ela externa ainda que hoje é necessário envolver o Ministério Público, em alguns casos, para conseguir garantir uma vaga ao paciente, que muitas vezes, corre risco de óbito devido à demora que há em conseguir o leito.
O relator da Comissão Pró-HSLG, vereador Aldimar Machado (MDB), ressalta as conquistas da comissão em relação a UTI. Aldimar defende que a primeira conquista é a mobilização em torno do assunto e a criação da comissão. Declara também, que por meio do comprometimento de alguns deputados já houve a conquista de aproximadamente R$ 3 milhões para aplicação na unidade. A respeito das dificuldades, o vereador elenca a morosidade do projeto de readequação do espaço físico do hospital. Para a realização das obras, já está à disposição um total de R$ 2,6 milhões; no entanto, sua liberação só ocorre com a conclusão do projeto de adequação. O vereador defende a implementação da UTI com uma necessidade urgente. “Diversos munícipios da região contam com leitos, e nós estamos no caminho, perdendo. Não podemos ficar para trás. Esse não é um pleito só nosso, mas sim de toda a região que é atendida pelo hospital”, enaltece.
Paulo Fraga (PP), vereador que também integra a comissão, explica que este projeto foi cadastrado em Brasília em 2017, no Ministério da Saúde, quando os recursos foram conquistados, representando na época, o maior montante para a saúde local. Atualmente é necessário a complementação de alguns documentos junto ao projeto para que o recurso possa ser utilizado. Ele argumenta que a administração municipal já entrou em contato com a empresa responsável pelo projeto, que foi contratada pelo hospital, solicitando a conclusão deste, ao passo que a empresa pediu mais 15 dias para realizar o termino. “Há uma demora notável. Faz mais de um ano que esse projeto está tramitando e nós necessitamos fazer a liberação e aplicação desses recursos”, disse. A respeito disso, o vereador Francisco Lourenço (PDT) declara que a conclusão do respectivo projeto deve ser feita no menor tempo possível, uma vez que a morosidade deste pode representar diversos prejuízos. “Precisamos liberar o recurso e dar início a essa adequação do espaço físico”, cita.
Um outro debate que existe é em torno da manutenção do corpo clínico e das demais atividades da UTI, se implementada. Aldimar explica que há uma petição com 38 assinaturas de médicos que manifestaram interesse de atuar junto a unidade de terapia intensiva no município. “Muitos são médicos que moram aqui mas que atuam na região ou na capital e que desejam trabalhar em São Luiz”, conclui. Sobre o custeio, reforça que após a instalação há um prazo que a manutenção fica a cargo da administração municipal e, após esse período, o governo federal assume os custos. “Não vejo isso como um problema real. É um desafio sim, mas não um problema. Há muitos recursos que podem vir e serem aplicados nesse custeio. Quanto mais representatividade e mobilização, mais recursos podemos conseguir”, pondera.
Francisco elenca que é uma demanda crescente e urgente a criação dessas vagas. “Não aceitamos perder mais vidas por falta de equipamentos. Temos ótimos médicos, mas a falta da UTI e de seus equipamentos representa um agravo e são indispensáveis para garantir o direito à vida”, fala. Ele atenta ainda que, além de atender a comunidade são-luizense e regional, os leitos são de responsabilidade estadual, o que faz com que outros pacientes, do estado todo, possam ser atendidos em São Luiz Gonzaga. “Pacientes que necessitam da UTI vão para qualquer município do Estado com vagas disponíveis. Logo uma UTI em São Luiz Gonzaga representa mais vagas para a comunidade local, regional e estadual. Os deputados estaduais deve estar atentos a isso”, afirma. Fraga conclui ao parafrasear o médico Luis Grings, que é o responsável pelo corpo do clínico do hospital, ao que enfatiza que além de suprir uma carência, a instalação de uma UTI no município representa ainda diversas outras especialidades que elevarão a o atendimento da saúde local.
Fonte: Róbson Gomes
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