Palestra abordará mitos relacionados à saúde e condições para uma vida saudável

A desinformação é prejudicial em diversas áreas, inclusive na saúde. Nesse sentido, a comunidade são-luizense e regional está convidada a participar da palestra “Mitos e Vida Saudável” alusiva ao Dia do Idoso, nesta sexta-feira (27), a partir das 14h, na Casa da Amizade. O evento terá entrada gratuita.

O palestrante do evento será o médico cardiologista Geisom Juchem. Segundo o painelista, a temática surge do dia a dia no consultório, onde rotineiramente o especialista necessita desmentir muitas das informações que os pacientes acreditam ser verídicas. “São tantas informações erradas que ao longo do tempo, de tanto se repetir, se tornou uma verdade. Muitas vezes as pessoas chegam ao consultório acreditando em algo, quando na realidade, não passa de um mito”, disse.

A palestra promovida pela MB Farmácias, em parceira com o SESC local, tem por objetivo levar as informações corretas ao público geral e, principalmente, aos idosos. Geisom explica que qualquer pessoas interessada em adquirir conhecimentos sobre saúde, com foco na cardiologia, pode participar, tornando-se importante não só para idosos, mas também para jovens e adultos.

O médico exemplifica um dos mitos – este, relacionado à pressão alta –, no qual muitas pessoas acreditam que ter dor de cabeça esteja associado somente à elevação da pulsação arterial: “São corriqueiros os casos de pessoa que acreditam que quando a cabeça dói é porque o coração está bombeando sangue e que a pressão subiu; logo, já medem a mesma e começam a tomar medicamento. Essas duas coisas não estão sempre associadas”, explicou.

O profissional frisa ainda que hoje é possível que com uma idade avançada se tenha qualidade de vida. Para o cardiologista, um idoso saudável é aquele que consegue ser funcional e autônomo, além de conseguir praticar atividades físicas, de leve a moderada, que não lhe causem dor ou desconforto. “São inúmeros os exemplos de pessoas com 80 anos e que são ativas. Saúde e qualidade de vida estão relacionadas a isso, a funcionalidade”, cita. Para o médico, viver melhor atualmente é mais acessível, sendo que é mais fácil ter contato com a informação. Elenca ainda outros aspectos positivos, como a aceitação e implementação de uma cultura de esporte no dia a dia das pessoas.

Geisom orienta que é preciso estar atento sempre a genética familiar, de modo que seja possível fazer um mapeamento das doenças que já acometeram familiares, afim de que se possa iniciar uma prevenção que apresente resultados positivos. “Chegando ao consultório antes de uma doença se manifestar, as chances de cura ou de melhora são mais efetivas”, afirma. Atenta para o fato de que há pessoas que deixam para consultar somente quando já apresentam sintomas e, quando o sintoma se manifesta, na maioria das vezes, pode se ter perdido tempo, o que afeta os resultados dos tratamentos.

 

Fonte: Róbson Gomes/Rádio São Luiz

Foto: Róbson Gomes