Segurança Pública foi abordada pelo delegado Delegado Afonso Stangherlin

O delegado titular da 27ª Delegacia Regional de Polícia, Afonso Stangherlin, participou do Olho Vivo desta sexta-feira onde abordou diversos assuntos relacionados à área da segurança pública.

INTERIOR – Atualmente, a 27ª DPR abrange 13 municípios da região com 15 delegacias, sendo cinco somente em São Luiz Gonzaga. Segundo Stangherlin, “nesta semana entramos em contato com o Departamento de Polícia do Interior para tentar trazer mais um delegado para Porto Xavier, município que é fronteira e é sede de Comarca. Também estaremos tentando trazer mais alguns agentes para a região, pois fomos poucos sortudos no último ingresso de servidores na Polícia Civil, uma vez que, aqui, três agentes entraram mas três se aposentaram”, explicou.

REDUÇÃO NOS ÍNDICES DE CRIMINALIDADE – A autoridade policial também comentou sobre a redução nos índices de criminalidade no Estado, divulgados recentemente: “Crimes como homicídio tiveram redução de 20%, assim como também diminuíram os crimes de roubo de carros e violência doméstica. Hoje, no interior, existe o grande problema que é a existência de facções, que é um fenômeno e não podemos dizer que esse problema não existe. Porém, aqui na região, temos um órgão (DRACO) criado especialmente para combater o crime organizado, com nosso pessoal sempre investigando e trabalhado para se buscar a excelência nesse serviço”, salientou.

DROGAS – Stangherlin também comentou sobre o problema social que a droga inflige, principalmente, pelo fato de ter se tornado mais acessível a todas as camadas da sociedade: “Nos anos 70, a cocaína era a droga do empresário por ser cara. Já a maconha era mais barata, mas a população da época acabava se afastando dos indivíduos que a consumiam. Hoje, porém, a cocaína barateou de uma forma absurda, chegando até o pobre. E também temos o crack, que é ainda mais barato. E sobre a questão da violência no Brasil podemos dizer que em 80% dos casos é decorrente da drogadição, pois na maioria dos casos assaltantes agem sob o efeito de drogas. Da mesma forma, quase todos os casos de violência doméstica envolvem o uso de álcool ou drogas ilícitas”. Para o delegado, só o sistema de a polícia combater as drogas é insuficiente: “A lei deveria evoluir como nos países mais adiantados”.

Sobre os usuários, embora esteja previsto na Lei de Drogas que o usuário não será preso, ele pondera: “A Lei de Drogas não descriminalizou o usuário; ela diz que ele não vai para a cadeia, mas irá receber advertência e constar como antecedente. Com isso, se é de menor com certeza não irá ingressar no serviço militar, não conseguirá colocação no mercado, enfim, acabará trazendo consequências muito graves para sua vida”, explicou.

Fonte: Rádio São Luiz

Foto: Kelvin Morais/Rádio São Luiz