Médico infectologista comenta principais sintomas e cuidados a respeito do coronavírus

Ouça a entrevista na íntegra:

O médico infectologista Sérgio David Jaskulski falou nesta quinta-feira (27), sobre o coronavírus e como os profissionais da região têm se preparado para atender eventuais pacientes. Segundo ele, antes mesmo do primeiro caso confirmado no Brasil, a 12ª Coordenadoria Regional de Saúde já estava mobilizada para apresentar aos profissionais de saúde o material do Ministério da Saúde, que padroniza procedimentos mediante confirmação.

Jaskulski explicou que este é um vírus respiratório, que ataca principalmente o pulmão e por isso pode evoluir para uma pneumonia viral. Apesar da baixa letalidade, possui alta capacidade de transmissão.

O médico destacou que nosso clima temperado e de inverno rigoroso causa preocupação, uma vez que ambientes fechados e com aglomeração de pessoas tornam-se locais de risco.

Sintomas

É igual à gripe. Principais sintomas são a tosse seca e a febre alta. Em algumas pessoas, podem aparecer mialgias e artralgias, dores articulares e casos de cefaleia.

O período de incubação é de cinco dias. É um vírus que consegue se reproduzir mais rápido até aparecerem os sintomas. A média de incubação é de 14 dias, mas há casos de pessoas que não apresentam sintomas e podem ter transmitido o vírus.

Grupos de risco

Pessoas idosas, com imunidade deficiente, principalmente aquelas acometidas por doenças como hipertensão e diabetes. Crianças também estão no grupo, especialmente aquelas cuja imunidade ainda não está amadurecida. Já nos adultos, o risco maior é para os portadores de doenças crônicas, como HIV e Hepatite.

Tratamento

Ainda não há tratamento. “A tecnologia ajudou muito. Em três dias os chineses já fizeram código genético e, a partir dai, uma parte tenta fazer a vacina e outra fazer um antiviral, para diminuir sua replicação. Devemos ter uma vacina entre seis e oito meses”, explica Sérgio.

Principais cuidados

Assim como no H1N1, as principais orientações são lavar as mãos e usar álcool gel. Pessoas que tem sintomas respiratórios devem proteger o rosto com máscara cirúrgica.

Também se deve evitar aglomerações, como é regra geral para qualquer vírus respiratório.

Fonte: Rádio São Luiz