Militares do Corpo de Bombeiros de São Luiz Gonzaga se preparam para entrar na reserva, após décadas de serviços prestados à comunidade

Sargentos Dorsay, Trolle, Saydelles e Plinio vão ingressar, em breve, na reserva do Corpo de Bombeiros.

O Corpo de Bombeiros de São Luiz Gonzaga se prepara para a passagem à reserva de quatro de seus militares com mais tempo de casa. Em breve, os sargentos Dorsay Viero, Aldemir Trolle, Roberto Saydelles do Canto e Plinio Bastos vão cumprir o seu último dia de expediente enquanto militares da ativa, após décadas de serviços prestados à comunidade.

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Ontem, sexta-feira, 18, nosso repórter, Alcides Figueiredo, conversou com um deles, o sargento Dorsay, que está na guarnição de São Luiz Gonzaga deste a instalação definitiva da unidade, em 5 de março de 1991. Dorsay é natural de Santiago e formado na turma de 1989.

Ele conta que após realizar o curso, em Santa Maria, passou um ano em Horizontina e, logo após, soube que estava “abrindo” a unidade de São Luiz e que estavam pedindo voluntários. Como era próximo de sua terra natal, ele se estabeleceu aqui e passou a fazer parte da guarnição definitiva. Antes, os grupos que atuavam no município vinham de forma provisória de Santa Maria, Ijuí, Cruz Alta e logo retornavam. Dorsay é o integrante remanescente da primeira formação.

Em mais de três décadas, muitas vidas foram salvas por estes militares. Uma das ocorrências lembradas pelo bombeiro, e que o emociona, é o do salvamento de uma garotinha. Dorsay conta que ela estava brincando em cima do bocal de um poço antigo, de balde, que era protegido por algumas tábuas. As tábuas quebraram e ela caiu. Na época, não havia equipamento adequado e o militar teve que descer “no braço”. “Por sorte ela estava boiando nos entulhos e eu consegui retirar ela”, relembra, com a voz embargada.

Em julho, Dorsay terá completado 33 anos de atuação no Corpo de Bombeiros. Ele disse que ainda está decidindo o que fará na reserva, inclusive se ficará aqui ou retornará à sua Santiago. “Só tenho a agradecer a Deus por ter servido sem graves acidentes, só com alguns arranhões, pelo risco que a gente passa. Agradecer todo o pessoal, a comunidade em geral, porque a gente não trabalha sozinho. Sempre tem que haver camaradagem”, conclui.

Fonte: Rádio São Luiz