José Luiz sinaliza que pedirá audiência pública para que assinatura do aditivo com a Corsan seja discutida com a população
O vereador José Luiz (PT), durante a Sessão Ordinária de ontem, 4, se manifestou sobre o pedido de vista a respeito da assinatura de aditivo no contrato com a Corsan, o qual prevê a universalização da água, passando os bairros, atualmente abastecidos pelo município, para a companhia. Ele deu a entender que seu relatório, que deverá ser entregue nesta quarta-feira, vai sugerir a realização de uma audiência pública para discutir o tema com os moradores das localidades afetadas.
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O parlamentar iniciou sua fala lembrando de reunião ocorrida no ano passado com representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua), na qual, segundo ele, “todos os vereadores concordaram em fazer de tudo para pedir aos seus deputados que não aprovassem a retirada do plebiscito para privatizar a Corsan”. Na ocasião, a retirada do plebiscito acabou aprovada por 35 deputados da base do governo, e mais tarde, em agosto, 33 deputados foram favoráveis à privatização e 19 contrários (veja a lista abaixo).
José Luiz disse que está preocupado com as famílias que “daqui um ou dois meses vão passar a receber em casa uma conta de R$ 150,00, R$ 200,00, sendo que muitas vezes não tem o que comer”. “Quando a lei é para prejudicar a classe trabalhadora aí vale essa máxima de que a lei tem que ser cumprida”, criticou.
O vereador também comentou entrevista na qual o prefeito Sidney Brondani teria dito que “não entendia porque os moradores estavam se manifestando em frente ao Parque de Máquinas (manifestação ocorrida na sexta-feira)”. Para José Luiz, “eles foram porque ninguém se reuniu com eles para tratar sobre a universalização e explicar do que se tratava o assunto”. “Acho que deveria haver audiência pública. Vai vir meu pedido. A audiência pública é para explicar, não chegar na última hora e dizer para assinarmos”, encerrou.
A aprovação da privatização da Corsan, citada pelo vereador, foi aprovada por 33 deputados, sendo que 19 foram contrários. Veja como votou cada um:
A favor da privatização:
- Aloísio Classmann (PTB)
- Adolfo Brito (PP)
- Any Ortiz (Cidadania)
- Beto Fantinel (MDB)
- Carlos Búrigo (MDB)
- Clair Kuhn (MDB)
- Dirceu Franciscon (PTB)
- Elizandro Sabino (PTB)
- Eric Lins (Dem)
- Ernani Polo (PP)
- Fábio Ostermann (Novo)
- Faisal Karam (PSDB)
- Fran Somensi (Republicanos)
- Frederico Antunes (PP)
- Gaúcho da Geral (PSD)
- Gilberto Capoani (MDB)
- Giuseppe Riesgo (Novo)
- Issur Koch (PP)
- Kelly Moraes (PTB)
- Luís Augusto Lara (PTB)
- Marcus Vinícius (PP)
- Mateus Wesp (PSDB)
- Neri, O Carteiro (Solidariedade)
- Paparico Bacchi (PL)
- Pedro Pereira (PSDB)
- Rodrigo Maroni (PMB)
- Ruy Irigaray (PSL)
- Sérgio Peres (Republicanos)
- Sérgio Turra (PP)
- Tenente Coronel Zucco (PSL)
- Vilmar Lourenço (PSL)
- Vilmar Zanchin (MDB)
- Zilá Breitenbach (PSDB)
Contra a privatização:
- Airton Lima (PL)
- Capitão Macedo (PSL)
- Thiago Duarte (Dem)
- Dalcisio Oliveira (PSB)
- Edegar Pretto (PT)
- Eduardo Loureiro (PDT)
- Elton Weber (PSB)
- Fernando Marroni (PT)
- Luciana Genro (PSol)
- Gerson Burmann (PDT)
- Jeferson Fernandes (PT)
- Juliana Brizola (PDT)
- Luiz Fernando Mainardi (PT)
- Luiz Marenco (PDT)
- Patrícia Alba (MDB)
- Pepe Vargas (PT)
- Sofia Cavedon (PT)
- Valdeci Oliveira (PT)
- Zé Nunes (PT)
Não votaram:
- Gabriel Souza (MDB) *não votou por ser, na época, o presidente da AL
- Tiago Simon (MDB)
- Francine Bayer (PSB)
Por Kelvin Morais
Fonte: Rádio São Luiz