Decisão pelo rompimento da relação é ponto crítico em casos de feminicídio

O Delegado Regional de Polícia Afonso Stangherlin falou nesta quarta-feira, 17, sobre vários assuntos envolvendo a segurança pública. Uma das pautas foi o feminicídio, ocorrência que causa preocupação e que é um desafio para as autoridades.

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Ao compartilhar sua experiência profissional de mais de 20 anos, o Delegado Afonso comentou que a maioria dos registros de Maria da Penha que chegam à Delegacia envolvem brigas ocasionadas pelo consumo, por parte do parceiro, de bebidas e drogas. Esses registros quase que rotineiros, segundo ele, dificilmente “descambam para a morte”.

O momento crítico, conforme o chefe de polícia, é quando a mulher decide romper de forma definitiva o relacionamento. “É o momento que a mulher tem que redobrar o cuidado”, alerta.

Afonso pontua que o amor não mata, o que mata é a possessividade, o sentimento de perda que esse agressor criminoso sente ao visualizar o desfecho do fim do relacionamento. O Delegado acrescenta que na região, apesar da brutalidade dos casos que ocorreram, citando exemplos de registros em Santo Antônio das Missões e Porto Xavier, os registros deste tipo de ocorrência ainda são baixos se comparados a outros locais.

Fonte: Rádio São Luiz