Hospital São Luiz Gonzaga realiza coletiva de imprensa para esclarecer questões e informar sobre transição
Gestores discutiram desafios, dívidas e perspectivas para a instituição
Nesta quinta-feira, 1º de junho, o Hospital São Luiz Gonzaga realizou uma coletiva de imprensa com o objetivo de esclarecer questões e fornecer informações à comunidade. O prefeito Sidney Brondani, a interventora Iria Diedrich, a secretária de Saúde Clari Ramborger, o assessor jurídico Vinícius Fontoura de Brum e a nova administradora Darciele Nunes participaram do encontro.
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O prefeito Brondani e a interventora Iria iniciaram as manifestações destacando a importância de fornecer informações claras à comunidade e esclarecer dúvidas existentes. Brondani apresentou alguns dados sobre o Hospital e contextualizou o processo de intervenção. Ele ressaltou que o Hospital atende uma região com cerca de 80 a 85 mil pessoas e mencionou a grave crise financeira enfrentada pela instituição em 2001. Na época, uma equipe foi nomeada para intervir e Iria Diedrich ocupa o cargo de interventora desde então.
Brondani reconheceu que a transição tem sido prolongada e mencionou que uma comissão, designada por ele, está estudando a melhor forma de devolver a entidade à Sociedade Hospitalar São Luiz Gonzaga, composta por 155 sócios. A proposta dessa comissão será apresentada ainda neste mês de junho. Caso a Sociedade não aceite, serão consideradas alternativas, como buscar outro parceiro ou criar uma fundação. Ele também destacou que a dívida do Hospital, que era de aproximadamente 30 milhões em 2001, reduziu-se para cerca de sete milhões atualmente.
O prefeito ressaltou que o Hospital é uma entidade privada, com CNPJ próprio. Em relação aos recursos de 2 milhões e 600 mil provenientes de mobilizações da comunidade regional em Brasília, Brondani enfatizou que o contrato da obra não envolveu o município, pois os recursos estão diretamente vinculados ao Hospital. Ele reforçou que a instituição é particular e possui seu próprio CNPJ. O prefeito ainda ressaltou a importância de preservar o Hospital e investigar e resolver qualquer irregularidade caso exista.
Darciele Nunes, anunciada como a nova administradora do Hospital São Luiz Gonzaga, manifestou seu desejo de se aproximar da comunidade para divulgar os atendimentos, serviços e melhorias realizadas pela instituição. Ela destacou a importância da imprensa nesse processo e mencionou a existência de uma pesquisa de satisfação interna, convidando os pacientes e seus acompanhantes a participarem e oferecerem sugestões para melhorias.
Iria Diedrich abordou as dificuldades enfrentadas para atender à demanda de consultas e exames, ressaltando que os valores repassados pelo SUS são insuficientes. Ela enfatizou que o Hospital é privado, com fins filantrópicos, e que os recursos públicos recebidos são utilizados de forma licitada. Em relação às ações judiciais que o Hospital tem enfrentado, o assessor jurídico Vinícius Fontoura de Brum esclareceu que são ações em discussão, que, em sua ótica jurídica, não possuem fundamento além de motivações políticas por parte do autor, “porque ele mesmo já teria indicado um projeto de oposição nas próximas eleições”.
Vinícius destacou que a única informação não divulgada nas prestações de contas recentes são os nomes e salários dos funcionários, por se tratar de uma entidade privada não submetida à Lei da Transparência, exceto em relação aos recursos públicos recebidos. Ele ressaltou que o Hospital está aberto a qualquer auditoria e mencionou a possibilidade de demandas indenizatórias por parte dos funcionários devido à exposição desses dados, mas que eles serão divulgados caso seja determinado pela Justiça.
Sobre o repasse dos recursos de 2 milhões e 600 mil, Vinícius explicou que o Hospital não tem acesso direto a esse dinheiro, pois todo o processo ocorre por meio da plataforma TransfereGov. Ele ressaltou que foram publicados quatro editais desde 2020 até a formalização do contrato com a empresa vencedora da licitação, seguindo as exigências até encontrar a que vencesse o processo. Os pagamentos relacionados a essa obra ocorrem após análise do engenheiro/arquiteto responsável e a liberação é realizada pela Caixa, mediante a conclusão das etapas.
Fonte: Rádio São Luiz