Presidente e vice da AMM falam sobre viagem a Brasília e preocupações com a reforma tributária
Em entrevista à Rádio São Luiz nesta quinta-feira, 17, o prefeito de Pirapó e presidente da Associação dos Municípios das Missões (AMM), Auri Kochhann, compartilhou informações sobre a viagem recente a Brasília, na qual ele e o prefeito de Caibaté, Amauri Pires, vice-presidente da AMM, juntamente com o prefeito de Garruchos, Roland Schatz, participaram como representantes dos 27 municípios das Missões do encontro nacional para debater questões relacionadas à reforma tributária.
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A viagem, que teve início no último domingo, foi marcada por uma série de atividades em Brasília, incluindo discussões na Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Auri ressaltou que as pautas abordadas durante as reuniões envolveram esclarecimentos de dúvidas, deliberações em comissões e solicitações de alterações no texto da reforma tributária.
Uma das principais preocupações levantadas diz respeito às implicações da reforma nas contas dos municípios. Auri destacou que, com base nas informações apresentadas, é possível que ocorra uma redução de impostos em itens relacionados à saúde e educação. No entanto, ele manifestou preocupação quanto à realocação desses impostos em outras áreas.
Outra questão de relevância discutida foi o recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS), que atualmente é direcionado aos municípios, mas poderá passar a ser recolhido pela União. Essa mudança levanta dúvidas sobre se os valores arrecadados retornariam de alguma forma aos municípios. O presidente da AMM deixou clara sua preocupação quanto à distribuição equitativa dos recursos da União entre os municípios, principalmente os menores.
Amauri, prefeito de Caibaté, também compartilhou sua perspectiva. Ele mencionou que os pisos salariais “aprovados eleitoralmente” têm impactado significativamente os custos municipais, dificultando a gestão financeira. O prefeito explicou que a falta de emendas na área da saúde está sobrecarregando os recursos municipais, aumentando os gastos do Executivo para suprir essa deficiência. Ele citou o exemplo de Caibaté, onde 25% dos recursos estão comprometidos com a saúde.
Fonte: Rádio São Luiz