Paulo Pires manifesta preocupação com a mudança no período do vazio sanitário
O presidente da Coopatrigo e da Fecoagro, Paulo Pires, comentou nesta segunda-feira, 28, sobre uma recente mudança no período de vazio sanitário na agricultura. Ele classificou a medida como um “absurdo de ato administrativo” e expressou sua preocupação em relação às implicações dessa decisão.
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Segundo Paulo Pires, a alteração no vazio sanitário foi justificada pelo Ministério da Agricultura como um ato técnico, visando controlar a propagação da doença ferrugem nas plantações. No entanto, ele questionou a eficácia da medida, alegando que o espólio da ferrugem provém do Paraguai, onde não há influência de plantio.
O presidente ressaltou que durante dois anos houve debates sobre o período de plantio ideal, e a conclusão alcançada foi que o plantio até 18 de fevereiro era o mais adequado. No entanto, por meio dessa decisão, esse período foi reduzido em 40 dias, proibindo o plantio de soja a partir de 8 de janeiro na região. Paulo Pires considerou essa mudança um absurdo e afirmou ser necessária uma ampla discussão com o Ministério da Agricultura para reverter a decisão.
Paulo Pires justificou seu entendimento citando o cultivo de milho seguido pelo plantio de soja, especialmente a variedade de soja semente. Ele mencionou que a região tem investido em irrigação, o que torna essa combinação uma alternativa interessante, atendendo tanto a demanda da indústria de proteína animal, que depende do milho, quanto a produção da semente de soja, um produto que gera significativas divisas.
O presidente antecipou que durante a Expointer, haverá encontros com o Ministro Carlos Fávaro para discutir essa questão. Ele enfatizou a importância da pressão política para reverter a mudança no período de vazio sanitário, que ele alega ter sido feita por meio de “um canetaço”.
Fonte: Rádio São Luiz