Programa Professor do Amanhã disponibiliza mil bolsas para licenciaturas

O edital do programa Professor do Amanhã foi lançado na última sexta-feira, 15, pelo governo do Rio Grande do Sul. A iniciativa vai até mil bolsas de estudos para cursos de licenciatura presencial em instituições comunitárias, com um total R$ 76,8 milhões de investimento. O objetivo de formar novos professores para suprir carências da rede pública de educação básica do Estado. As propostas para participar do programa podem ser enviadas até 17 de janeiro de 2024.

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O programa concederá bolsas mensais de permanência de R$ 800 aos alunos, além de outros R$ 800 para a instituição comunitária de ensino superior como forma de custeio da vaga, durante quatro anos. As áreas do conhecimento contempladas no edital são: língua portuguesa, matemática, biologia, geografia e história. As vagas serão distribuídas entre esses cursos, mas também entre os ecossistemas regionais de inovação do Estado: Metropolitano e Litoral Norte; Sul; Fronteira Oeste e Campanha; Central; Vales; Noroeste e Missões; Produção e Norte; e Serra Gaúcha.

Para participar da iniciativa e receber as bolsas, as instituições e os estudantes precisam atender a uma série de exigências: as instituições interessadas devem apresentar projetos com currículos inovadores, voltados à formação de docentes conforme a Base Nacional Comum de Formação Inicial (BNC-FI) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também devem abordar as denominadas competências para o século 21, que são divididas em três grupos — cognitivo (processos mais relacionados à aprendizagem tradicional), intrapessoal (capacidade de lidar com emoções e moldar comportamentos para se atingir objetivos) e interpessoal (habilidades para expressar ideias, interpretar e responder aos estímulos recebidos de outros indivíduos).

Outra exigência é o chamado letramento racial, com práticas pedagógicas voltadas à conscientização do estudante a respeito da estrutura e do funcionamento do racismo na sociedade. Além de ter uma carga horária mínima de 3,2 mil horas, os cursos devem ser presenciais e ter nota mínima igual a 3 no conceito do Ministério da Educação. As propostas ainda precisarão prever ações com edtechs (startups da área de educação), desafios, estágios e vivências em ambientes de inovação.

Já o aluno precisa ter cursado o Ensino Médio completo em escolas da rede pública ou em instituições privadas como bolsista integral; ser professor efetivo da rede pública estadual e não ter diploma de graduação; e ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior, obtendo média mínima de 400 pontos.

Outra exigência será a realização de estágio em escolas públicas a partir do segundo semestre do curso. Após o término da graduação, ao menos 1.920 horas de atividades docentes deverão ser exercidas na rede pública estadual. Para isso, eles serão automaticamente inscritos no cadastro de contratações temporárias, devendo indicar a Coordenadoria Regional de Educação de sua preferência.

Confira aqui o edital completo do Programa

Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do RS