Paulo Pires comenta situação do agronegócio gaúcho e necessidade de políticas públicas

Foto: Rádio São Luiz
O presidente da Coopatrigo (Cooperativa Tritícola Regional São-luizense) e Fecoagro-RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Pires, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 9 de maio, para falar sobre a situação do agronegócio gaúcho. Entre os temas abordados foram o endividamento dos produtores, as perdas com a atual safra e as articulações para buscar medidas de apoio ao setor.
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No começo da conversa, Paulo Pires mencionou os desafios causados pela irregularidade na distribuição de chuvas, o que afeta diretamente o planejamento dos agricultores. Segundo ele, tanto a falta de chuvas, como os altos volumes concentrados em um intervalo curto de tempo prejudicam o desenvolvimento das culturas agrícolas.
O presidente da Fecoagro citou a preocupação com a renda dos produtores, devido à queda nos preços nos últimos anos. “Existe uma preocupação do próprio sistema financeiro e o Rio Grande do Sul precisa de uma política pública que estenda uma boia”, disse, sobre a necessidade de medidas de apoio por parte do governo e da sociedade, a exemplo dos debates sobre a securitização.
“Tivemos uma tempestade perfeita”, pontuou Paulo. Conforme ele, isso tem ocorrido devido à soma de diferentes elementos, como a queda nos preços, o aumento dos custos indiretos na produção e os extremos climáticos, a exemplo de estiagens e chuvas fortes, que causaram perdas na safras.
De acordo com o presidente da Fecoagro, a mobilização das entidades do setor busca o parcelamento das dívidas, com juros acessíveis e não o perdão das dívidas. Paulo mencionou a diálogo feito com representantes do governo federal e com outras entidades do setor para pressionar por esse suporte.
Em relação à explicação e conversa com os produtores, Paulo explicou os detalhes do acordo pela Coopatrigo para analisar a situação de cada produtor na renegociação de dívidas. Segundo ele, existem pacotes para ajudar no financiamento da produção, embora essa não seja a finalidade inicial da cooperativa.
Paulo Pires também abordou a importância de políticas e ações pró-desenvolvimento, como forma de ajudar a melhorar as condições econômicas e sociais das cidades e do país. “Precisamos ter um maior reconhecimento aos empreendedores”, enfatizou.
Fonte: Rádio São Luiz