Produtores rurais organizam protesto regional na BR-285, em São Luiz Gonzaga, na quarta
Está confirmada para a próxima quarta-feira, 21, uma grande manifestação regional de produtores rurais na BR-285, em São Luiz Gonzaga. A mobilização é organizada pelo Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga, com apoio da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) e sindicatos patronais da 12ª Região Sindical.
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A presidente do sindicato, Margareth Costa Beber, informou que o protesto reunirá produtores de todos os municípios que compõem a 12ª Coordenadoria Regional, com concentração prevista para às 7h30min. A definição do ponto exato de encontro — se no trevo de acesso do Jayme ou no trevo de acesso principal à cidade — será confirmada até o meio-dia de segunda-feira, 19.
O movimento tem como pauta central a securitização das dívidas dos produtores, tema já reivindicado anteriormente em conjunto com os sindicatos dos trabalhadores rurais. Os organizadores reforçam que a mobilização é aberta a pequenos, médios e grandes produtores, que poderão participar com máquinas agrícolas ou de outra forma que julgarem adequada.
“Queremos que o governo federal ouça os anseios dos produtores. Estamos há muito tempo cobrando medidas como a renegociação de dívidas e um plano safra condizente com a realidade enfrentada pelo setor”, destacou a presidente.
A mobilização é mais uma iniciativa do setor agropecuário para chamar atenção para a grave situação financeira enfrentada no campo, agravada por perdas climáticas e dificuldades de acesso a crédito rural.
Fonte: Rádio São Luiz
Fetag adia mobilização para o dia 20 por ausência de ministros e deputados em Brasília
Inicialmente prevista para esta terça-feira, 13, a mobilização estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) foi adiada para o dia 20. A decisão foi tomada após reuniões realizadas entre a direção da federação e suas regionais, entre elas a Regional Missões II, presidida por Rafael Dalenogare Paz.
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Em entrevista à Rádio São Luiz, Rafael explicou que o adiamento se deu por questões estratégicas. “Nós estaríamos com uma comitiva em Brasília para tratar da nossa pauta, mas nesta semana o presidente Lula e os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura estarão fora do país. Além disso, o Congresso Nacional estará com atividades virtuais, o que comprometeria a articulação política direta”, detalhou.
Segundo ele, o objetivo da mobilização é pressionar por soluções para os problemas enfrentados pelos agricultores, especialmente aqueles causados pelas estiagens que atingiram com força a região noroeste do estado. “Até agora tivemos muitas reuniões, mas poucos encaminhamentos e nenhuma solução concreta. A cada dia, a situação se agrava e os números apresentados pelo governo federal não refletem a realidade da nossa região”, afirmou.
Rafael também criticou a dificuldade do governo em reconhecer as peculiaridades regionais. “Eles olham o estado como um todo. Só que regiões como a das Missões, Fronteira Noroeste e Alto Uruguai foram muito mais afetadas. Se pegarmos os dados da colheita de soja, por exemplo, os prejuízos foram enormes. No entanto, o governo insiste em usar números gerais do estado, que acabam mascarando a realidade das áreas mais atingidas”, apontou.
Outro fator destacado pelo dirigente sindical é a tentativa do governo federal de sustentar que os agricultores não estariam enfrentando dificuldades, com base em dados de agentes financeiros. “Eles dizem que como o produtor está com financiamento em dia, não há problema. Mas isso não reflete a situação real. Muitos estão recorrendo a outros meios para não deixar de pagar. Há alto endividamento, dificuldades de acesso ao crédito e nenhuma política concreta de renegociação ou apoio”, alertou.
O ato de mobilização do dia 20, segundo Rafael Dalenogare Paz, terá presença tanto em Brasília quanto em Porto Alegre. “A mobilização segue firme. Precisamos de ações concretas e de soluções urgentes. O adiamento foi apenas para garantir maior efetividade na negociação e maior presença das autoridades que podem decidir”, concluiu.
A expectativa é de que a Fetag-RS reúna agricultores de todas as regiões do estado na próxima semana para reforçar a pressão junto ao governo federal e conquistar respostas efetivas às reivindicações do setor.
Fonte: Rádio São Luiz
Paulo Pires comenta situação do agronegócio gaúcho e necessidade de políticas públicas

Foto: Rádio São Luiz
O presidente da Coopatrigo (Cooperativa Tritícola Regional São-luizense) e Fecoagro-RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Pires, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 9 de maio, para falar sobre a situação do agronegócio gaúcho. Entre os temas abordados foram o endividamento dos produtores, as perdas com a atual safra e as articulações para buscar medidas de apoio ao setor.
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No começo da conversa, Paulo Pires mencionou os desafios causados pela irregularidade na distribuição de chuvas, o que afeta diretamente o planejamento dos agricultores. Segundo ele, tanto a falta de chuvas, como os altos volumes concentrados em um intervalo curto de tempo prejudicam o desenvolvimento das culturas agrícolas.
O presidente da Fecoagro citou a preocupação com a renda dos produtores, devido à queda nos preços nos últimos anos. “Existe uma preocupação do próprio sistema financeiro e o Rio Grande do Sul precisa de uma política pública que estenda uma boia”, disse, sobre a necessidade de medidas de apoio por parte do governo e da sociedade, a exemplo dos debates sobre a securitização.
“Tivemos uma tempestade perfeita”, pontuou Paulo. Conforme ele, isso tem ocorrido devido à soma de diferentes elementos, como a queda nos preços, o aumento dos custos indiretos na produção e os extremos climáticos, a exemplo de estiagens e chuvas fortes, que causaram perdas na safras.
De acordo com o presidente da Fecoagro, a mobilização das entidades do setor busca o parcelamento das dívidas, com juros acessíveis e não o perdão das dívidas. Paulo mencionou a diálogo feito com representantes do governo federal e com outras entidades do setor para pressionar por esse suporte.
Em relação à explicação e conversa com os produtores, Paulo explicou os detalhes do acordo pela Coopatrigo para analisar a situação de cada produtor na renegociação de dívidas. Segundo ele, existem pacotes para ajudar no financiamento da produção, embora essa não seja a finalidade inicial da cooperativa.
Paulo Pires também abordou a importância de políticas e ações pró-desenvolvimento, como forma de ajudar a melhorar as condições econômicas e sociais das cidades e do país. “Precisamos ter um maior reconhecimento aos empreendedores”, enfatizou.
Fonte: Rádio São Luiz
Dívida dos produtores gaúchos soma R$72,8 bilhões; Luís Fernando Pires explica estudo da Farsul

Foto: Canva
O montante total da dívida dos produtores gaúchos é de R$ 72,82 bilhões, segundo estudo divulgado pela Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul). O levantando consta em nota técnica da entidade e foi elaborado a partir de dados das instituições financeiras que operam com crédito rural no Rio Grande do Sul. Em entrevista nesta quinta-feira, 8 de maio, Luís Fernando Pires, assessor da presidência da Farsul, explicou o detalhes sobre o estudo e a situação de endividamento dos produtores no estado.
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Os dados sobre o passivo devido pelos agricultores, inclui as dívidas ligadas ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, e demais produtores. Ainda conforme a nota técnica, R$ 22,23 bilhões vencem em 2025. “Nossos produtores estão na UTI”, comparou Luís Fernando.
Na entrevista, o assessor detalhou a dificuldade na negociação com o governo federal e a urgência de medidas robustas para atender a situação dos agricultores no Estado. Ele mencionou a queda no valor bruto da produção nos últimos anos, devido aos extremos climáticos de seca e chuvas fortes.
“Não estamos pedindo perdão, mas um parcelamento”, afirmou Luís Fernando. Segundo ele, uma das alternativas apontadas pela Farsul foi utilizar recursos do Fundo Social do Pré-Sal, como uma alternativa diante das dificuldades em mexer com o orçamento federal. Conforme comentou, a contraproposta apresentada pelo governo previa suspensão de um ano e parcelamento por três anos para produtores incluídos no Pronaf e Pronamp.
Uma das principais preocupações mencionadas foi com relação ao equilíbrio financeiro das propriedades rurais e o futuro da atividade. Segundo Luís Fernando, existem relatos de produtores que já estão com dificuldade para acessar recursos para a safra de inverno. “Isso pode causar um impacto muito grande e muitos produtores querem vender pedaços de terra”, acrescentou.
Em relação às medidas adotadas para pressionar os governos federal e estadual, o assessor citou o diálogo constante com representantes da bancada gaúcha e com demais entidades do setor em busca de medidas de securitização e parcelamento em prazos maiores. Luís Fernando também ressaltou a importância da União e da resiliência diante das adversidades, como marcas dos produtores gaúchos.
Fonte: Rádio São Luiz
Sem resposta do governo, FETAG confirma mobilização em Porto Alegre no dia 13
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS) confirmou a realização de uma mobilização no próximo dia 13 de maio, em Porto Alegre, diante da falta de respostas do governo federal quanto à crise de endividamento enfrentada pelos agricultores gaúchos. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, em entrevista à Rádio São Luiz.
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Segundo o dirigente, a manifestação será mantida caso não haja, até o início da próxima semana, a publicação de medidas concretas que atendam à pauta dos produtores. “Estamos respeitando a decisão dos mais de 6 mil produtores que estiveram em São Luiz Gonzaga e aprovaram que, caso não houvesse solução até 15 de abril, as mobilizações seriam retomadas”, afirmou Joel.
Entre as reivindicações da FETAG estão a securitização das dívidas em até 20 anos, prorrogação de financiamentos e soluções para o Proagro e o seguro rural. Joel destacou que os agricultores vêm enfrentando cinco anos consecutivos de perdas por estiagem ou excesso de chuvas, o que impediu o pagamento das dívidas. “Não estamos pedindo nada de graça, só queremos tempo para pagar”, reforçou.
O presidente da FETAG também relatou ceticismo quanto ao anúncio de novas resoluções. “Há promessa de que as medidas saiam até sexta ou segunda-feira, mas com o presidente e dois ministros fora do país, não acreditamos que isso vá acontecer”, lamentou.
Carlos Joel ainda alertou que a crise no campo não afeta apenas os agricultores. “É um problema de toda a sociedade gaúcha. Se a agricultura para, postos de combustíveis, revendas de peças, comércio em geral e até a indústria sofrem. Além disso, o preço dos alimentos pode subir nas prateleiras”, disse.
A FETAG orienta que agricultores procurem os sindicatos municipais para organizar caravanas à capital. Se não houver avanço nas negociações, a mobilização poderá se expandir para o interior do Estado. “Infelizmente, se não formos à rua, não somos ouvidos”, concluiu Joel.
Fonte: Rádio São Luiz
Rodrigo Veleda descreve audiências com o Incra e DNIT em Porto Alegre

Foto: Arquivo/Evelise Oliveira/Rádio São Luiz
O vereador Rodrigo Veleda (PT) participou nesta quarta-feira, 30 de abril, do programa Olho Vivo. O vereador comentou sobre agendas cumpridas em Porto Alegre, em visitas feita ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
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De acordo com Rodrigo, o encontro no Incra serviu para discutir as condições de trabalho das famílias assentadas em São Luiz Gonzaga e nas Missões. Um dos tópicos centrais foi o “Crédito Fomento”, política pública que disponibiliza recursos, em parceria com a Emater RS/Ascar, para custear instalação de projetos, como criação de animais, plantio, produção de alimentos.
Para São Luiz Gonzaga, um dos entraves enfrentados pelas famílias estão relacionados com problemas da documentação e regulamentação fundiária. Segundo Rodrigo, 33 casos já foram solucionados, o que deve trazer R$528 mil para a economia local, divididos em R$16 mil para cada família.
DNIT
Já com relação ao encontro com o DNIT, Rodrigo explicou que o tema principal foi o projeto para duplicação da BR-285 no perímetro urbano de São Luiz Gonzaga. “Essa é a nossa meta final”, acrescentou. Segundo ele, já existe um outro processo em aberto para a contratação de uma empresa para execução de obras na rodovia federal em diferentes pontos do Estado, totalizando mais de 70km.
Inicialmente, o segundo previa obras entre Entre-Ijuís e o início do perímetro urbano de São Luiz Gonzaga, incluindo recapeamento, conservação da via e criação de terceiras faixas, mas ainda não prevê a duplicação. A previsão é de investimento de R$4 milhões nesse trecho. “Minha tentativa foi explicar que precisamos estender esse projeto até o entroncamento de Roque Gonzales”, disse Rodrigo. De acordo com ele, o resultado do diálogo foi positivo e obra será feita até a ligação entre a BR-285 e a RS-168.
Fonte: Rádio São Luiz
Municípios da região podem aderir ao Programa de Aquisição de Alimentos; Elói Batista explica detalhes

Foto: Evelise Oliveira/Rádio São Luiz
O ex-vereador de Bossoroca Elói Andrade Batista foi escolhido para coordenar o projeto de pesquisa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na região das Missões. A iniciativa é vinculada à atuação da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e fornece recursos para a compra de alimentos da agricultura familiar pelas prefeituras municipais, com objetivo de auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade.
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Elói explica que o programa existe desde 2003 e envolve o cadastro de produtores e entidades do setor que podem ofertar seus produtos, além da identificação das prefeituras do número de famílias que precisam dos alimentos. “O governo federal concede o recurso e o município faz a organização e compra de alimentos para oferecer às famílias que precisam”“, explicou o vereador.
Um dos principais objetivos do programa está em estimular a agricultura familiar, como uma forma de evitar o êxodo rural. Elói ressaltou que está disponível para dialogar com as secretarias municipais sobre o cadastro no PAA. “Tem que ter a ligação da produção com a comercialização, a minha tarefa é fazer essa ponte com os municípios”, complementou.
A iniciativa conta com apoio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com a intenção de compreender os desafios e principais demandas que envolvem a produção na agricultura familiar. “O maior desafio hoje é a organização das associações de produtores e cooperativas, e a compra pelos municípios”, avaliou o coordenador da pesquisa na região.
Fonte: Rádio São Luiz
Lauro Weber detalha ações da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente no trimestre

Foto: Evelise Oliveira/Rádio São Luiz
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de São Luiz Gonzaga, Lauro Weber, detalhou as ações realizadas pela pasta no primeiro trimestre do ano. A apresentação foi realizada durante a sessão legislativa desta segunda-feira, 28 de abril. Em entrevista à Rádio São Luiz FM 100.9, Lauro comentou sobre as ações e outros temas, como o SUSAF e a situação do castramóvel.
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De acordo com as informações apresentadas pelo secretário, cerca de 300 famílias já foram atendidas por diferentes serviços da pasta, como instalação de bebedouros, abertura de açudes, nivelamento de propriedades, entre outros. Segundo Lauro, a estiagem aumentou as demandas e despesas durante esse período do ano.
Sobre o SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte), o secretário mencionou a importância de valorizar os produtos locais e possibilitar a venda para outros municípios. “Acredito que agora, no mês de maio, nós consigamos ter a homologação do Estado para que isso aconteça em São Luiz”, acrescentou.
Em relação a situação dos cães do município, o gestor citou que a pasta já iniciou o processo de contratação de um médico veterinário para atuar junto ao castramóvel. Outro projeto citado foi a expansão do canil, especialmente com uma maior área para a circulação dos animais.
Fonte: Rádio São Luiz
Colheita da soja atinge 80% no RS e avança com apoio do clima seco

Foto: Canva/Ilustrativa
A colheita da safra de verão 2024/2025 avança com intensidade na região Noroeste do Rio Grande do Sul, especialmente nos municípios vinculados à regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira, 24 de abril 2025, aproximadamente 80% da área cultivada com soja já foi colhida. As lavouras restantes se encontram 17% em fase de maturação e 3% em enchimento de grãos. A estabilidade climática, marcada por dias secos e ensolarados, tem favorecido a continuidade da colheita e facilitado as operações logísticas.
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A baixa umidade dos grãos colhidos, variando entre 12% e 13%, eliminou a necessidade de secagem artificial, acelerando o escoamento da produção, que havia sido prejudicado por chuvas no início de abril. Essa condição também tem sido propícia para a reserva de sementes, que apresentam bom potencial de qualidade, considerando a sanidade das lavouras e a secagem natural em campo.
Na região de Santa Rosa, onde predominam áreas mecanizadas e de agricultura empresarial, as produtividades variam de forma significativa, com médias oscilando entre 2.500 kg/ha e 3.600 kg/ha. A aplicação de fungicidas foi necessária em lavouras mais tardias, principalmente aquelas implantadas entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Em áreas replantadas ou com baixa densidade de plantas, a dessecação tem sido intensificada, devido à incidência de plantas daninhas.
A colheita do milho ocorre de forma mais lenta e escalonada na região, com 89% das lavouras colhidas. A produção é fortemente direcionada ao consumo interno das propriedades, especialmente nas pequenas propriedades de base familiar. As lavouras tardias, que ainda se encontram em enchimento de grãos (4%) ou em maturação (7%), têm demonstrado bom potencial produtivo, beneficiadas por chuvas em momentos críticos do desenvolvimento e temperaturas amenas que favorecem o acúmulo de fotoassimilados.
Os produtores da região já iniciaram os preparativos para a safra 2025/2026, com a semeadura de coberturas vegetais como nabo forrageiro, visando à posterior dessecação. Observa-se preferência por cultivares precoces de milho, com tolerância à cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), como estratégia preventiva frente às condições fitossanitárias da região e à dinâmica de mercado.
No cultivo de milho para silagem, a colheita já alcança 88% da área plantada. O clima seco tem permitido que o teor de umidade da matéria verde fique entre 30% e 35%, faixa ideal para a fermentação e conservação da silagem. A secagem rápida tem reduzido perdas por fermentação secundária, melhorando a qualidade do material armazenado.
A colheita do arroz não é representativa na região de Santa Rosa, porém avança em outras áreas do Estado, atingindo 87% da área cultivada. No caso do feijão, a primeira safra foi concluída com produtividade média de 1.838 kg/ha, enquanto a segunda safra já apresenta 20% da área colhida. As demais lavouras estão distribuídas entre os estágios de maturação (22%), enchimento de grãos (38%), floração (12%) e desenvolvimento vegetativo (8%). A produtividade média da segunda safra gira em torno de 1.300 kg/ha.
Nas pastagens, observa-se a substituição gradual das espécies de verão pelas de inverno, como a aveia. O campo nativo e as pastagens perenes ainda fornecem forragem suficiente, mas a redução das chuvas tem estimulado práticas de conservação como a fenação e a produção de pré-secado. A demanda por sementes de forrageiras de inverno tem aumentado.
Na bovinocultura de leite, a transição das pastagens de verão para as de inverno está em andamento. A menor qualidade nutricional das pastagens em fim de ciclo tem sido compensada pela suplementação com ração concentrada. A infestação por carrapatos e moscas do berne permanece como preocupação sanitária. Na região de Santa Rosa, produtores intensificam ações preventivas e controle estratégico para evitar enfermidades como tristeza parasitária e carbúnculo sintomático, além de adquirirem insumos para a implantação das novas pastagens.
O cenário atual reflete um avanço técnico e logístico na condução da safra no Noroeste gaúcho, com atenção às condições climáticas e fitossanitárias, visando à manutenção da produtividade e da qualidade das culturas colhidas.
Fonte: Rádio São Luiz
Comunidade do Rincão dos Santana não pode ser penalizada por vandalismo, aponta Claudio Pereira

Divulgação/Assessoria da Câmara Municipal de São Luiz Gonzaga
O vereador Claudio Pereira (PDT) comentou sobre o ato de vandalismo contra máquinas da prefeitura de São Luiz Gonzaga na comunidade do Rincão dos Santana. Em entrevista à Rádio São Luiz FM 100.9, Claudio solicitou que a comunidade não seja penalizada pela ação dos vândalos. Além disso, ele comentou sobre a destinação de computadores para a Agência Sine/FGTAs de São Luiz Gonzaga.
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Claudio citou sua ligação com as comunidades do interior e enfatizou que os serviços previstos para serem realizados no Rincão dos Santana devem continuar no cronograma da administração. Segundo ele, vários moradores e produtores fizeram contato com seu gabinete para manifestar a preocupação com o ocorrido.
O vereador enfatizou a importância da contratação de horas-máquina e do trabalho de manutenção nas estradas do interior. “Nosso produtor vem há muito tempo, além de estradas, sendo prejudicado por vários motivos de intempéries, seca, chuvarada. E nós torcemos para que dê certo e que a coisa comece a andar”, acrescentou.
Sobre a destinação de computadores para o Agência Sine, Claudio destacou a importância do diálogo com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional do RS, atualmente sob comando do deputado estadual Gilmar Sossela (PDT), e do apoio do Executivo, o que permitiu a vinda dos equipamentos pelo programa RS Qualificar Mais.
Matéria relacionada: Máquinas da Prefeitura de São Luiz Gonzaga são alvejadas no Rincão dos Santana
Fonte: Rádio São Luiz
Paulo Pires comenta debates sobre securitização e dificuldade em obter apoio para o setor agrícola

Foto: Divulgação/Sescoop
O presidente da FecoAgro (Federação das Cooperativas Agrícolas do RS) e da Coopatrigo, Paulo Pires, participou nesta quinta-feira, 17 de abril, do programa Olho Vivo. Paulo comentou sobre o encontro entre representantes do setor agrícola com o governo federal em Brasília (DF) e a preocupação com a articulação política, com dificuldade em colocar a pauta como uma prioridade para a sociedade.
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O encontro terminou sem resultados sobre a proposta de securitização das dívidas dos produtores, segundo informou a Fetag-RS. Paulo Pires comentou que o Rio Grande do Sul enfrenta quebras de safras nos últimos anos, o que afeta diferentes setores da economia gaúcha. “Vemos pouca sensibilidade e atitude do governo federal”, avaliou o presidente da FecoAgro.
De acordo com Paulo, a reunião foi importante por reunir diferentes entidades gaúchas ligadas aos agricultores, cooperativas e cerealistas. “Muitos produtores têm condições de pagar e devem quitar, mas o produtor que não tem condições de pagar (por conta da perda de produção), não pode ser impedido de plantar”, mencionou. O gestor também citou a importância de suporte para os produtores realizarem investimentos em melhoria do solo e adaptação às mudanças climáticas e eventos adversos.
Paulo relembrou as secas severas em 2022 e 2023, além das enchentes do ano passado, como fatores que geraram frustração nas safras de diferentes municípios e regiões do Estado. “A economia do Rio Grande do Sul parou de crescer e está ficando para trás, por conta das frustrações de safra”, acrescentou, sobre a situação de excepcionalidade dos produtores gaúchos, o que dificulta o avanço da pauta do ponto de vista político.
O presidente da FecoAgro enfatizou que a solicitação não é para o perdão de dívida, mas de condições para o pagamento. Paulo também ressaltou que a pauta precisa ser defendida como uma demanda da sociedade gaúcha como um todo.
Questionado sobre os possíveis reflexos da disputa comercial entre Estados Unidos e China, Paulo Pires disse ser difícil prever os impactos para o Brasil, considerando os resultados a médio e longo prazo. “Pode ter efeitos extraordinários ou mais complicados”, afirmou.
Confira a entrevista no Facebook da Rádio São Luiz.
Fonte: Rádio São Luiz
Reunião da Fetag-RS em Brasília termina sem soluções sobre securitização de dívidas dos produtores gaúchos

Foto: Divulgação/Fetag-RS
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) participou nesta terça-feira, 15 de abril, de uma reunião no Ministério da Fazenda para discutir para a proposta de securitização das dívidas de agricultores e pecuaristas familiares do Estado. Em entrevista à Rádio São Luiz FM 100.9, o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva comentou sobre a preocupação com a falta de resultados do encontro.
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Além do governo federal e da Fetag-RS, participaram representantes de outras entidades, como Ocergs, Fecoagro (Federação das Cooperativas Agrícolas do RS), Farsul (Federação da Agricultura do RS), Acergs e Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja). A principal reivindicação do setor é a extensão do prazo para pagamento de dívidas, inicialmente com suspensão por 120 dias e a prorrogação por 20 anos, considerando as quatro estiagens consecutivas e a enchente histórica que afetaram os produtores gaúchos.
“Saímos mais preocupados do que entramos na reunião“, disse Carlos Joel. De acordo com o presidente da Fetag-RS, ainda não existe uma compreensão por parte do governo federal sobre a gravidade da situação. “Não fecharam as portas, mas temos a certeza de que vamos ter muita dificuldade para avançar”, acrescentou, sobre reunião prevista para ocorrer com representantes de instituições financeiras na próxima semana.
Carlos enfatizou que as perdas do setor agrícola podem gerar consequências estruturais para diferentes setores e cadeias produtivas do Rio Grande do Sul. “A partir da reunião com os bancos na semana que vem, acredito que eles vão se situar melhor na situação que estamos andando aqui”, pontuou. Apesar disso, o presidente da entidade reforçou que a mobilização e a pressão devem continuar, inclusive com novas manifestações de rua, caso as propostas não sejam atendidas.
Enquanto as discussões seguem, a orientação aos produtores com dívidas próximas ao vencimento é de buscar suas instituições financeiras e o “Manual de Crédito”, para evitar problemas com o não pagamento das parcelas.
Fonte: Rádio São Luiz
Piti Werle participa de agendas em Porto Alegre sobre projetos de infraestrutura para São Luiz Gonzaga

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Luiz Gonzaga
O prefeito de São Luiz Gonzaga José Antônio Flach (Piti) Werle (MDB) concedeu entrevista nesta terça-feira, 15 de abril, ao programa Olho Vivo. Nesta semana, o gestor cumpre agenda em Porto Alegre para tratar de projetos do interesse do município. Um dos assuntos foi a reunião realizada na segunda-feira (14/04) com o Secretário de Desenvolvimento do RS, Ernani Polo, para discutir projetos de infraestrutura urbana para São Luiz Gonzaga.
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O encontro teve a presença do empresário Valdinei Donato, da Cambaí Sementes, e do engenheiro Alex Maschio, do Instituto Ruas. Na ocasião, foi discutido projeto para destinação de ICMS para financiamento de obras no município, como no acesso da BR-285 com o Rincão São Pedro. “O projeto está pronto, apenas precisamos fazer alguns ajustes para deixar dentro dos limites orçamentários”, explicou Piti.
O prefeito avaliou o encontro como positivo e informou que a equipe do Executivo irá começar a trabalhar na adaptação do projeto para tramitação junto ao governo estadual. A intenção é aproveitar a ligação do município com as empresas e o interesse do Grupo Votorantin em executar a obra. Uma outra reunião deverá ser feita em breve para discutir novos detalhes e o avanço da proposta.
Na capital do Estado, Piti também terá uma agenda na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi-RS) para tratar do edital de contratação e horas-máquina, previsto para ser divulgado em breve. Outro dos encontros será na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur-RS) para discutir projetos do Pavimenta RS. “Nós da Secretaria de Planejamento precisamos estar com os projetos prontos, porque o edital abre e fecha muito rápido”, disse.
Questionado sobre as máquinas da prefeitura que foram alvejadas no Rincão dos Santana, Piti disse que jamais imaginou que algo assim pudesse acontecer no município. “É um ato que precisa ser investigado. Temos alguns elementos para que a polícia inicie a investigação e identifique quem fez esse ato de vandalismo”, enfatizou o gestor.
Segundo o prefeito, o custo de reforma das máquinas será de em torno R$50 mil. “Quem perde é toda a população, porque a estrada é um bem público”, pontuou, sobre o atraso no cronograma de manutenção das vias do município que estava previsto pelo Executivo.
Fonte: Rádio São Luiz
Eduardo Bonotto assume presidência do IRGA com foco em ampliar consumo e fortalecer o setor arrozeiro
O ex-prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, foi nomeado presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) após convite oficial do governador Eduardo Leite no início deste mês. Bonotto, que também presidiu a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), destacou a importância da nova missão, considerando o peso do arroz na economia gaúcha.
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Em entrevista à Rádio São Luiz, Bonotto afirmou que recebeu o convite com entusiasmo e vê o cargo como reconhecimento ao trabalho realizado em seus oito anos à frente da prefeitura. “O arroz representa 7% do PIB do nosso estado. Cerca de 70% do arroz produzido no Brasil é gaúcho, com destaque para a Fronteira Oeste, região da qual São Borja faz parte”, explicou.
O novo presidente do IRGA ressaltou o papel da instituição na pesquisa e extensão rural, além do apoio direto ao produtor. Segundo ele, um dos grandes desafios atuais é o baixo preço do arroz, que em muitos casos está abaixo do custo de produção. Bonotto defende a necessidade de políticas que incentivem o consumo interno e novas estratégias de exportação.
“O consumo nacional tem caído nos últimos anos, o que exige uma política de valorização do arroz como alimento essencial. É preciso estimular seu retorno à mesa dos brasileiros”, afirmou. Ele também destacou que o IRGA possui mais de 37 unidades no estado e uma estrutura que o coloca em nível equivalente a algumas secretarias estaduais.
Sobre sua experiência como gestor, Bonotto garantiu que pretende usar seus conhecimentos para fortalecer o setor. “Vamos fazer um diagnóstico completo da instituição, manter o que já deu certo, identificar gargalos e trabalhar para superá-los. O objetivo é entregar resultados concretos aos produtores, ao IRGA e à sociedade”, pontuou.
Questionado sobre metas, Bonotto reforçou que pretende ampliar o diálogo com os produtores e a indústria orizícola, buscando um reposicionamento do setor. “Vamos trabalhar com escuta ativa, sempre em busca de soluções práticas para os desafios enfrentados pelos arrozeiros”, concluiu.
A sede do IRGA está localizada em Porto Alegre, o que exigirá a presença constante de Bonotto na capital. No entanto, ele seguirá vinculado à sua cidade de origem, São Borja.
Fonte: Rádio São Luiz
Márcio Langer descreve prioridades para trabalho na Secretaria de Política Agrícola da CONTAG

Márcio Langer. Foto: Reprodução/Rádio São Luiz
O presidente da Regional Missões II Márcio Langer concedeu entrevista nesta segunda-feira, 7 de abril, ao programa Olho Vivo. Na última semana, Márcio foi eleito para assumir a Secretaria de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG). A posse oficial no cargo será no dia 24 de abril.
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Na entrevista, Márcio descreveu os objetivos pelos quais pretende trabalhar junto à pasta, principalmente o cuidado com o modelo produtivo e os agricultores do Estado e região diante do cenário climático atual. “O agricultor precisa que esses instrumentos de proteção estejam disponíveis. A questão da comercialização é outro tema que trabalhamos muito, porque, nos anos que temos boa produtividade, temos que cuidar para que isso tenha resultado e deixe rentabilidade“, complementou.
Márcio destacou que as ações e atividades serão feitas de forma coletiva pelos membros da Regional Missões II, com atenção para as demandas dos sindicatos. “Já estamos construindo as proposições para o Plano Safra que deve ser lançado em maio e junho”, afirmou o gestor.
Segundo ele, o país precisa de uma política agrícola de médio e longo prazo que garanta a continuidade da produção em diferentes localidades e a permanência das pessoas no campo. Como um dos reflexos disso, o novo secretário de Política Agrícola da CONTAG citou o êxodo rural como um dos desafios a serem enfrentados.
Com a eleição de Márcio para a Secretaria de Política Agrícola da CONTAG, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Roque Gonzales será presidido por Lucas Gotardo Machry, atual vice-presidente. Na Regional Missões II, o cargo deverá ser assumido pelo presidente do STR de São Luiz Gonzaga, Rafael Dalenogare Paz. “Estamos com um processo sucessório muito tranquilo”, pontuou Márcio.
Matéria relacionada: Márcio Langer assume Secretaria de Política Agrícola na nova gestão da CONTAG
Fonte: Rádio São Luiz
Incêndio atinge silo de grãos em propriedade rural de São Luiz Gonzaga

Foto: Divulgação/CBMRS
Um incêndio foi registrado na madrugada deste domingo, 6 de abril, em um silo de armazenamento de grãos no interior de São Luiz Gonzaga. O fogo atingiu diferentes partes da estrutura que fica em uma localidade rural de Barrigudo, próxima a ERS-165. Ninguém ficou ferido e os bombeiros ainda trabalham no local para conter as chamas.
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Ainda não há informações sobre a origem do incêndio, mas uma das possibilidades é de que tenha começado em um secador. O 2° Pelotão de Bombeiro Militar de São Luiz Gonzaga (CBMRS) foi acionado para atender a ocorrência. Posteriormente, bombeiros de Santo Ângelo também foram chamados para auxiliar no combate ao fogo.
Fonte: Rádio São Luiz com informações de CBMRS
Claudio Pereira aponta problemas em estradas do interior e início do prazo para a Declaração Anual de Rebanho

Divulgação/Assessoria da Câmara Municipal de São Luiz Gonzaga
O vereador Claudio Pereira (PDT) comentou sobre as condições das estradas do interior de São Luiz Gonzaga. Em entrevista após a sessão legislativa desta segunda-feira, 31 de março, o vereador mencionou os impactos causados pelas chuvas, devido a falta de elevação e de sarjetas para escoamento da água.
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De acordo com Claudio, poderia ser feita a abertura de novas sarjetas, com uso de retroescavadeira, com instalação de uma tubulação em determinados locais. Ele mencionou o caso de produtores rurais que tiveram, inclusive, perda de animais devido ao acúmulo de água.
O vereador citou ainda o início do prazo para a entrega da Declaração Anual de Rebanho pelos criadores de animais no Rio Grande do Sul – a partir desta terça-feira, 1° de abril, até o dia 30 de junho. “Aqueles que têm animais que vão o quanto antes, não deixem para o último mês”, reforçou.
Claudio também mencionou o histórico de ligação de seu partido com as causas do homem do campo e o trabalho junto ao governo estadual, por exemplo, na organização do programa RS Qualificação.
Fonte: Rádio São Luiz
Paulo Pires comenta sobre Plant Show e temas relacionados à produção agrícola na região

Foto: Rádio São Luiz
O presidente da Coopatrigo Paulo Pires concedeu entrevista ao programa Olho Vivo desta sexta-feira, 28 de março. Entre os temas abordados na conversa, estiveram a realização do Plant Show, o prêmio IASC recebido pela Cermissões, além da situação da colheita e plantio da soja e do trigo.
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A segunda edição do Coopatrigo Plant Show reuniu diferentes produtores em São Luiz Gonzaga, com objetivo de discutir desafios para enfrentar a estiagem e tecnologias voltadas à produção agrícola. “Mostrar para o produtor que existem coisas para mitigar as adversidades e as consequências dessa má distribuição de chuva na nossa região”, explicou Paulo sobre a pauta do evento.
Presidente da FecoAgro RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul), Paulo também celebrou a premiação da Cermissões no Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC). Ele mencionou a parceria entre as cooperativas na área de irrigação agrícola.
O gestor também comentou sobre a situação das chuvas na região e as colheitas nas lavouras. Segundo ele, a expectativa é de que o regime de chuvas possa retornar a uma normalidade. “Nós não temos safra boa em lugar nenhum”, apontou, sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores da região. Ainda de acordo com ele, essas perdas devem afetar toda a sociedade gaúcha, com impactos para a economia e circulação de renda.
Paulo Pires também citou o diálogo com a Emater RS/Ascar para organizar um evento durante a Expo São Luiz 2025. De acordo com o presidente da Coopatrigo e FecoAgro, o objetivo é ampliar as discussões sobre irrigação e conservação dos solos. “A feira vai ser um momento de olharmos para frente e mostrarmos a convergência e nossa união”, enfatizou.
Fonte: Rádio São Luiz
Agravamento da estiagem prejudica abastecimento de água para animais em Dezesseis de Novembro

Foto: Divulgação/Prefeitura de Dezesseis de Novembro
A situação da estiagem em Dezesseis de Novembro tem levado á necessidade de uso de caminhões-pipa para o abastecimento de água para o consumo animal. Segundo o prefeito Johnni Bocacio, esse trabalho já dura diferentes semanas com mais de 1 milhão de litros distribuídos por três veículos, em um cronograma organizado pela administração para abastecer as diferentes localidades do município.
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Conforme Johnni, Dezesseis de Novembro possui cerca de 36 poços artesianos para abastecer a população com água potável. Ele enfatizou que os custos são cobertos pelo município, porém, a recomendação é de que as pessoas possam economizar. “Água potável para o ser humano não temos problemas, mas precisamos de compreensão e economia”.
Segundo o prefeito, a demanda nos últimos 20 dias aumentou bastante, com gastos de aproximadamente R$10 mil por dia para fazer o transporte de água para os animais. Dezesseis de Novembro está atualmente com decreto de situação de emergência homologado pela Defesa Civil do RS, o que liberou recursos para esse trabalho.
Johnni citou que o município espera o recebimento de cestas básicas nos próximos dias. O gestor recordou ainda a insuficiência e irregularidade das chuvas das últimas semanas, prejudicando também a agricultura e as lavouras locais.
Fonte: Rádio São Luiz
Embrapa e Coopatrigo desenvolvem estudo para melhorar estrutura física e química do solo na região
A busca por soluções que garantam produtividade e sustentabilidade nas lavouras da região das Missões é o foco de uma importante parceria entre a Coopatrigo e a Embrapa. O pesquisador e agrônomo Marcelo Klein, da Embrapa, esteve nesta semana no Plant Show promovido pela cooperativa para detalhar os objetivos e os avanços do projeto conjunto, que iniciou em 2024 e seguirá até 2027.
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A iniciativa surgiu após uma provocação feita pelos técnicos da Coopatrigo à Embrapa. “Eles nos disseram: a Embrapa Trigo tem soluções de manejo de solo estudadas há décadas em Passo Fundo, mas nossa realidade é outra. Precisamos testar essas soluções aqui, nas condições das Missões”, explicou Marcelo.
Dessa provocação nasceu um projeto estruturado em duas vertentes. A primeira consiste na instalação de dois ensaios experimentais na área da Escola Técnica Cruzeiro do Sul, onde a Coopatrigo mantém seu campo demonstrativo. Os estudos visam avaliar diferentes fontes de corretivos do solo — como calcário, gesso agrícola e óxido de cálcio — aplicados de variadas formas: na superfície, incorporados com escarificador ou arado, e ao longo das safras.
“A grande dúvida dos produtores é: devo apenas aplicar o calcário na superfície e escarificar ou incorporar com aração? Nosso experimento vai responder isso com dados locais, baseados em soja no verão e trigo no inverno, avaliando produtividade e mudanças químicas no solo até 2027”, detalhou o pesquisador.
A segunda vertente do trabalho ocorre diretamente em nove propriedades da área de abrangência da Coopatrigo. Em cada uma, foi selecionado um talhão para diagnóstico físico e químico do solo. Com base nos resultados, foram propostas intervenções específicas, formando faixas de manejo que serão acompanhadas tecnicamente ao longo do projeto. “Esses talhões são maiores, mais próximos da realidade do produtor, e vamos realizar encontros técnicos para compartilhar os resultados após cada safra”, complementou Marcelo.
Outro ponto importante destacado pelo pesquisador é a característica dos solos da região das Missões, predominantemente latossolos, que possuem alta acidez e elevada porcentagem de argila (cerca de 70%). “Essa composição faz com que sejam solos densos, considerados pesados. No entanto, têm excelente capacidade de retenção de água, de 1,5 a 2 milímetros por centímetro de solo. Se conseguirmos estimular o crescimento das raízes em profundidade, garantimos maior acesso à água e resiliência das lavouras em períodos de seca”, explicou.
O projeto, além de buscar respostas para manejo adequado, reforça a importância de produtores terem acesso a informações de qualidade, geradas por instituições reconhecidas. “É louvável a iniciativa da Coopatrigo em buscar a Embrapa. Ter dados isentos, produzidos localmente, permite ao produtor tomar decisões seguras e acertadas”, concluiu Marcelo Klein.
Fonte: Rádio São Luiz