Homem que cometeu feminicídio contra a companheira em Santo Antônio das Missões tinha histórico de violência doméstica

(Divulgação)

Santo Antônio das Missões – O caso ocorrido ontem, 29, na Vila São José, interior de Santo Antônio das Missões, ao que tudo indica até agora, foi premeditado pelo assassino. Os desdobramentos da investigação revelam que a companheira morta, Alzira Ortiz, já havia registrado – há alguns dias – ocorrência de agressão contra Jorge dos Santos Paraíba. Eles estavam separados.

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Na terça-feira, 28, Alzira havia ido até a residência pegar parte de seus pertences e trazido para São Luiz Gonzaga, onde estava residindo com um filho. Ontem, com auxílio do cunhado, o sargento da reserva da Brigada Militar, Amauri Francisco da Silva, e da sua irmã, Terezinha da Silva, Alzira foi buscar o restante da mudança.

Eles chegaram ao local por volta das 15 horas. A partir daí, Jorge dos Santos Paraíba iniciou a prática do crime. Ele feriu com estocadas de faca e disparos de arma de fogo o sargento Amauri e Alzira. Esses detalhes foram apontados pela perícia, que seguiu na cena do crime até por volta das 22h.

Após matar Amauri e Alzira, Jorge ainda atirou contra a cunhada Terezinha da Silva (que ontem foi transferida para Santa Maria e segue em estado grave) e depois se deitou ao lado do corpo da companheira e atirou contra si, cometendo suicídio. Uma criança de cinco anos presenciou a prática dos crimes.

Conforme o major Eduardo dos Santos Brum, comandante do 14° Batalhão de Polícia Militar, o assassino já tinha histórico de não aceitar separações. Existem registros de ocorrências por violência contra ex-companheiras quando ele vivia na região metropolitana de Porto Alegre.

O caso, conforme o oficial, é mais um exemplo de como relacionamentos tóxicos podem acabar de forma trágica. Brum ressaltou que as vítimas devem fazer a denúncia e ressaltou a atuação da Patrulha Maria da Penha, que atua em defesa das mulheres na região.

Fonte: Rádio São Luiz