São Luiz Gonzaga registra manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro

(Fotos: Kelvin Morais/Rádio São Luiz)

Participantes se concentraram na Praça da Matriz

São Luiz Gonzaga – Na manhã deste sábado, 02, houve uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na Praça da Matriz. A mobilização envolveu representantes do sindicato dos bancários, do sindicato dos professores do estado, do Partido do Trabalhadores (PT) e simpatizantes com a causa.

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O movimento acompanha o sexto ato de abrangência nacional contra o governo, que ocorre hoje. Foi, no entanto, a primeira vez que aconteceu em São Luiz Gonzaga. A organização explicou que não se reuniu nas vezes anteriores por entender que as condições sanitárias não permitiam.

Com faixas destacando frases como “vacina no braço e comida no prato”, “governo mentiroso destrói vidas e afunda a economia” e “fora genocida”, o grupo tinha como pauta o impeachment do presidente.

O advogado e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Luiz Gonzaga, Rodrigo Veleda, disse que existem muitos indícios de crime no governo. Destacou as revelações da CPI da Pandemia que, segundo ele, “mostram que o governo tinha interesses escusos nos contratos da vacina Covaxin”.

Veleda criticou, ainda, a postura do governo diante da pandemia, atribuindo as quase 600 mil mortes ao “negacionismo do presidente”. O advogado entende que se a postura tivesse sido diferente, muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas. Outro ponto alvo da manifestação foi a inflação. “Hoje piorou a situação de insegurança alimentar, que é quando a pessoa não sabe se vai fazer a próxima refeição”, disse.

Por fim, questionado sobre não haver a mesma proporção do que apontam as pesquisas de intenção de voto ao núcleo de esquerda no número de adeptos à manifestação, Veleda citou um exemplo que, segundo ele, sintetiza a situação. “Eu perguntei para um rapaz: – ‘Meu amigo, sábado vamos estar juntos?’ Ele disse: – ‘Cara, eu adoraria estar lá com vocês, mas se eu for eu perco meu emprego’. Então existe isso, existe esse constrangimento de algumas pessoas e existe aquele trabalhador que não vai pra rua, mas que tá no seu emprego, trabalhando e tá sentindo no bolso o arrocho que esse governo está fazendo. Essas pessoas sabem o Brasil que elas viviam”, concluiu.

Fonte: Rádio São Luiz