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Sepé Tiaraju, morto em 7 de fevereiro de 1756, é um dos personagens citados no livro “San Luis, a Missão”

(Foto: Arquivo/Prefeitura de SLG)

São Luiz Gonzaga – A morte do líder Sepé Tiaraju completa, nesta segunda-feira, 7, 266 anos. Reconhecido como Herói Guarani Missioneiro Rio-Grandense e Herói da Pátria Brasileira pela lei Federal 12.032 de 2009, José Tiaraju, nome de batismo, deixou um legado de luta pelo seu território e seu povo.

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O professor e historiador Anderson Amaral Schmitz, Coordenador do Centro de Documentação e Memória do Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz Gonzaga, defende a importância de saber porque a figura do líder militar ocupa tantas posições de destaque. Sepé Tiaraju dá nome ao prédio da prefeitura de São Luiz Gonzaga, está imortalizado na obra do escultor Vinícius Ribeiro, em frente à mesma prefeitura, e é nome de cidade e até de empreendimentos.

Na avaliação do professor, “ter dado a vida em prol de seu ideal, proteger os seus, sua casa, sua terra e seus irmãos”, fez com que Sepé tenha alcançado essa representatividade. Anderson lembra que os guaranis eram pacíficos e tinham uma organização social, liderada pelos Jesuítas, pujante. “Eles tentaram se manter pacificamente e não conseguiram, aceitaram ir para o outro lado do Rio Uruguai e não conseguiram, só restou a eles a luta, não tinha outra opção”, explica o professor, em referência ao período da Guerra Guaranítica, que teve o estopim com a assinatura do acordo dos reinos de Portugal e Espanha, o chamado Tratado de Tordesilhas.

“Este idealismo, denodo, valentia, lutar pelo que a gente acredita é o legado de Sepé”, afirma o professor. É o professor Anderson, ao lado da professora Anna Olívia do Nascimento, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de SLG, que escreveu, no ano passado, um livro que trata justamente sobre este período reducional. A publicação “San Luis, a Missão” conta, em detalhes, por meio de vasto material documental, como foi este período.

A publicação fez tanto sucesso que, com exceção de poucos exemplares na sede da editora Martins Livreiro, em Porto Alegre, não há mais unidades para venda. Uma segunda edição já está sendo planejada.

Os direitos do livro foram doados pelos autores para o Instituto e quem quiser saber mais sobre este período da história são-luizense e do próprio Sepé pode visitar a sede da entidade, que fica aberta no período da tarde, de segunda a sexta-feira, em prédio na esquina das ruas São João e Bento Soeiro de Souza, diagonal ao INSS.

Fonte: Rádio São Luiz

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