Associação Preserva Inhacapetum promove repovoamento de peixes e ações de conscientização ambiental

 

foto colorida de repovoamento de peixes no Inhacapetum

Associação fez a soltura de peixes jovens no rio – Foto: API

A preservação ambiental é um dos temas essenciais para este século e também para o futuro das próximas gerações. A Associação Preserva Inhacapetum (API) busca através de suas ações cuidar de um dos maiores bens da natureza, o curso de água do Inhacapetum. Nesta sexta e sábado, dias e 17 e 18, a API realizou sua Assembleia Geral Ordinária, durante a oportunidade, foi feita a soltura de peixes alevinos no rio.

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Criada em 22 de outubro de 2021, a Associação Preserva Inhacapetum tem como um dos seus objetivos a preservação da mata ciliar ao Inhacapetum, por meio do replantio de mudas nativas e da limpeza das margens e controle da poluição. Além disso, a API procura conscientizar a população para evitar a pesca predatória e estimular o repovoamento dos peixes do rio.

O Inhacapetum é um rio afluente do Piratini que possui águas correntes e cachoeiras em seus mais de 120 km de extensão. O local é próprio para atividades sustentáveis e possui raízes ligadas às tribos indígenas da região. Inhacapetum significa em tupi-guarani, rio Cabeça Negra, ele tem sua nascente no município de Tupanciretã, passa por Capão do Cipó e Bossoroca e segue até São Miguel das Missões, levando água e sendo fonte de sustento para diversas comunidades ribeirinhas.

Um dos objetivos da Assembleia realizada foi promover a riqueza animal do rio. Em uma ação que contou com a parceria da prefeitura de Bossoroca, através do prefeito José Moacir Fabrício Dutra, que doou os alevinos, e da bióloga Letícia Dutra, foram soltos mais de quatro mil peixes juvenis para crescerem e se desenvolverem no curso de água do Inhacapetum.

foto colorida de assembleia da API

Reunião foi realizada nesta sexta e sábado – Foto: Rádio São Luiz

O presidente da API, João Luiz Furtado, comentou sobre a biodiversidade do rio e a preocupação da Associação Preserva Inhacapetum na prevenção e conscientização sobre os cuidados com a fauna e flora do local. “O Inhacapetum é felizmente um rio de águas limpas e vistoso, com grumatãs, cascudos, dourados, traíras, e estamos preocupados em entregar para nossos descendentes o que recebemos de nossos ancestrais”, explica.

Segundo Furtado, ao longo do rio existem diversos acampamentos e a intenção é fazer com que essas pessoas evitem poluir e degradar o Inhacapetum. Durante a assembleia foram discutidos diversos tópicos, como o contato e diálogo com indígenas da região e os produtores rurais. 

Nascida em Bossoroca e atualmente atuando na prefeitura de Novo Hamburgo, Letícia Dutra, comentou a importância das ações de preservação do Inhacapetum em palestra na Assembleia. Ela comparou as atividades da API no cuidado com os rios da região com outros cursos de água do estado.

De acordo com a bióloga, a educação ambiental começa pela família. “Os pais têm de saber e ensinar seus filhos”. Ela acredita que a fiscalização e execução das legislações já existentes no país é um dos pontos essenciais para a preservação do meio ambiente. Letícia Dutra também citou a necessidade de evitar eventos extremos causados pelas mudanças climáticas.

O presidente da API também destacou a urgência de preservar os cursos de água, em especial em épocas de estiagem. “Nós também somos produtores rurais e também estamos preocupados com a natureza”, complementa. O cuidado com os rios durante esse período de seca é vital para o agravamento da estiagem e a degradação ambiental.

A parceria com as prefeituras foi citada por João Luiz Furtado como um dos caminhos para conseguir recursos para as ações da Associação Preserva Inhacapetum. “Esse rio é um divisor de municípios, então ele tem uma importância geográfica muito relevante. É um rio que tem história para contar”, destaca.

Fonte: Rádio São Luiz