João Máximo receberá Moção de Reconhecimento pelo Dia do Músico na próxima segunda-feira
O Dia do Músico é comemorado anualmente em 22 de novembro, no mesmo Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, bastante reconhecida pelos católicos no Brasil. E pelo Dia do Músico, a vereadora Rose Grings, indicou para receber uma Moção de Reconhecimento, o músico João Máximo, devido a sua importância no meio cultural local e com extensa trajetória no mundo da música missioneira. A entrega da Moção será na próxima segunda-feira, dia 20 de novembro, no Plenário do Legislativo São-luizense, a partir das 15h, ou seja, antes da Sessão Ordinária semanal. Rose Grings convida demais músicos do Município para que prestigiem João Máximo nesta homenagem.
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HISTÓRIA – O músico João Máximo, também conhecido como “Canário”, “Capincho” ou “João Cruzeira”, nasceu em 29 de maio de 1945, no Limoeiro, então Distrito de São Luiz Gonzaga. Filho de Artur José de Oliveira e Amélia Donates de Oliveira, um pedreiro e agricultor e uma costureira e dona de casa, sendo o caçula de cinco irmãos: Mário Galarce de Oliveira (In Memorian), Luiz Galarce de Oliveira, Dejanira Galarce de Oliveira e Noêmia Galarce de Oliveira.
João Máximo iniciou sua carreira musical aos sete anos, quando ganhou de seu irmão mais velho, uma gaita de 8 baixos, que possui até hoje. Em 1957, com 12 anos, se apresentou pela primeira vez na Rádio São Luiz, no Programa Galpão de Estância, tendo musicado uma poesia de Jayme Caetano Braun. Em 1961, formou dupla com Olívio de Matos, apresentando-se no Programa Mate Amargo, da Rádio São Luiz. A dupla animou bailes e matinês, em época que eram comuns as domingueiras.
João foi interno no Ginásio Santo Antônio, em São Luiz Gonzaga, onde cursou os seus estudos. Prestou os Serviços Militares no 4º RCB, onde foi Cabo integrante da Banda Marcial e do 3º Regimento de Cavalaria. Em 1965, ao deixar o quartel, vai para Cerro Largo, formando a dupla Canário e Canarinho, com o músico Pedro Ortaça, seu grande amigo e compadre, fazendo sucesso em toda a região e permanecendo ativa até 1968. Nesta época em Cerro Largo, surge uma grande paixão, com quem teve dois filhos: João Fernando de Oliveira e Márcia de Oliveira. Como todas as grandes paixões, o relacionamento acabou.
Ainda em Cerro Largo, junto a Pedro Ortaça, o Canarinho, fazem parte da Banda Os Imperiais e em 1969, João passa a integrar a Banda Ritmo das Américas. Em 1972, agora com o amigo e compadre, Armando Scheneider, passam a integrar o Grupo Os Diferentes. Em 1975, João Máximo foi morar em Roque Gonzales e em 1976, retorna para Cerro Largo, iniciando o namoro com Vera Lúcia Berwanger e, em 1977, já noivo, retorna para São Luiz Gonzaga e passa a tocar na noite e trabalhar na Comercial Casanova. Em 7 de outubro de 1978, casa-se com Vera Lúcia, ficando a animação da festa, a cargo de Canário e Canarinho.
Em novembro de 1978, participa da gravação do segundo LP de Pedro Ortaça, intitulado Chão Colorado. Em 1981, João Máximo forma o Grupo Os Nativos e, em 1983, nasce o filho Ricardo Galarce Berwanger de Oliveira. Em 1985, passa a integrar o Grupo Terra Viva, de Santo Ângelo, e em 16 de abril de 1985, nasce a filha Mariel Galarce Berwanger de Oliveira. Em 1988, após findar o Grupo Os Nativos, João passa a atuar com as Gauchinhas Missioneiras, de Caibaté. Em 1989, grava o LP A volta do Missioneiro, com Noel Guarany e Jorge Guedes. Em 17 de dezembro de 1989, nasce o caçula, Roberto Galarce Berwanger de Oliveira.
Em 1990 participa da gravação do LP Terra Missioneira, com Jorge Guedes. Em Roque Gonzales, Máximo atuou como professor de música e regente do Grupo Viver. Em 1992, como Chefe de Cultura do Setor de Turismo da Administração Noé Teixeira e Alceu Braga, João Máximo produz quatro LPs. Em 1993, junto a Lila, José Cândido e o compositor Carlinhos Ramborguer, grava uma fita K7 no Estúdio Master, em Santa Maria. Em 1996, os três filhos, juntamente com o pai, iniciam carreira artística, formando o Grupo Irmãos Galarce. Em 1997, grava com Beto Gonzales, o CD Sul de Mim. Nos anos de 1998, 1999 e 2000, participa com Ricardo e Mariel, da Banda Carnavalesca Força Estranha, de São Luiz Gonzaga. Ainda em 2000, intensifica os trabalhos musicais com o grupo dos seus filhos, participando de diversos festivais.
Em 2001, João Máximo realiza um sonho, a gravação de um CD com os seus filhos, intitulado É assim que eu gosto. Em 2002, grava novamente com Beto Gonzales, o CD Gaúcho Cigano. Em 2004, um AVC quase tira a vida de João Máximo, que contou com o apoio da comunidade para o seu restabelecimento, com o tempo voltando a animar bailes e shows. Em 2005 grava novamente com Beto Gonzales, o CD Bem à vontade. Em outubro de 2005, recebeu um grande presente, a reaproximação com os filhos João Fernando e Márcia, que não via há mais de 35 anos. Em 2007, João retorna aos palcos em shows com o cantor Baitaca, gravando com ele, em 2008, o CD Marca de Campo. Em 2009, grava com Alberi Silva, o CD O Crioulo dos 7 Povos. Neste ano, compõe e grava o Hino do Cinquentenário da Escola São Luiz. Em 2010, grava com o agora compadre Baitaca, o CD Costumes de Galpão. João tem ainda, participação especial nos LPs, volumes 1 e 2, Melhores Gaiteiros do Sul. Teve ainda, suas composições gravadas por nomes como, Jorge Leal e Aroldo Torres, Palito Portela, Valdir Melo, Ademar da Rosa e Mazaroppi e o Grupo Os Serranos.
João Máximo, além dos filhos João Fernando, Márcia, Ricardo, Mariel e Roberto, é avô de Bruna, Fernanda, Thais, Jorge, Pedro, Natalia, Amanda, Lihoran, Rihan e Ana Paula.
Por Márcio Greff – Assessoria do Gabinete Rose Grings