Encontro da Fetag-RS discute medidas para o enfretamento da estiagem

Divulgação/Fetag-RS

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) realiza nesta quinta-feira, 30 de janeiro, uma reunião para debater os impactos da estiagem que afeta o Rio Grande do Sul. Em entrevista ao programa Olho Vivo, Rafael Dalenogare, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Luiz Gonzaga e Rolador, detalhou a mobilização e os objetivos do encontro que acontece em Ijuí.

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A reunião tem início previsto para às 9h, com a participação de representantes das regionais sindicais, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) e demais lideranças do setor. Na parte da tarde, devem participar também representantes de entidades como a Emater RS/Ascar, Famurs (Federação das Associações de Municípios do RS), FecoAgro (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do RS) e do Sistema Ocergs.

Também foram convidados o presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Adolfo Brito (PP), o coordenador da bancada gaúcha no Congresso Federal, deputado Dionilso Marcon (PT), e as secretarias estaduais de Agricultura e de Desenvolvimento Rural.

Organização e reivindicações

Segundo Rafael, o encontro servirá para a elaboração de um cronograma de curto, médio e longo prazo para lidar com a falta de chuvas na região. “O objetivo é construir uma linha de ação para enfrentamento da estiagem”, complementou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Presente no encontro, o tesoureiro da Fetag-RS e também membro da Regional Missões II, Agnaldo Barcelos da Silva, citou a preocupação com a questão financeira e as estratégias para buscar apoio dos governos estadual e federal. “Temos clareza que vamos precisar de um conjunto de iniciativas e muito apoio dos produtores para sensibilizar os órgãos governamentais”, disse. Agnaldo pontuou que o encontro deverá ser uma etapa de negociação das medidas para mitigar a estiagem.

Coordenador Regional da Sindical Missões, Márcio Langer enfatizou as necessidades específicas da região, uma das mais afetadas pela atual estiagem. Ele citou a importância dos decretos de emergência dos municípios, como parte das reivindicações por políticas públicas para lidar com a situação.

Vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Edevino Zanetti lembrou os diferentes extremos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos anos, com impactos na produção agrícola e, consequentemente, no endividamento dos produtores. Ele frisou a luta por remodelações Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária). “A gente precisa de um Desenrola e uma reprogramação dessas dívidas para os produtores. Queremos medidas mais estruturantes e olhando o combo de tragédias”, pontuou.

Fonte: Rádio São Luiz