
Foto: Freepik/Ilustrativa
“Se precisar, peça ajuda!”, este é o lema da campanha do Setembro Amarelo 2025, voltada à conscientização sobre o cuidado com a saúde mental e a prevenção ao suicídio. Terapeuta Ocupacional, com pós-graduação em Reabilitação com Ênfase em Ações Comunitárias, Ionara Comparsi de Morais ressalta a importância do pedido de apoio e do diálogo sobre o tema, como formas de ajuda para pessoas em sofrimento psicológico.
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Segundo Ionara, a busca por apoio pode ser tanto de profissionais da área, quanto de pessoas de confiança, como amigos e familiares. “Quando a gente estiver pensando coisas ruins, é importante buscar uma pessoa disposta a nos ouvir”, destaca. Ao mesmo tempo, a orientação é de manter vigilância com as pessoas do entorno, principalmente, quando se tratam de pessoas com fatores de risco para o suicídio.
Fatores como depressão, ansiedade, dependência química e questões do contexto, como a perda de um familiar ou uma separação, podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de ideações suicidas. Dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam a ocorrência de mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, em 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo.
Para a terapeuta ocupacional, uma das estratégias de prevenção está ligada a forma de lidar com situações traumáticas e com questões da própria personalidade. “Precisamos ser mais permissivos conosco, tolerar a nossa personalidade, o nosso jeito de ser. Não ser tão exigente com os defeitos que temos”, explica.
Fortalecer laços sociais e adotar um ritmo de vida equilibrado, com boa alimentação, exercícios físicos e controle de horários de sono, também são ações que auxiliam no cuidado com a saúde mental. “Fortalecer as nossas relações familiares, ter uma rede de amigos e de pessoas que a gente possa confiar. Exercitar a espiritualidade, seja qual for a religião e diminuir o consumo das telas e das redes sociais”, acrescenta Ionara.
As estatísticas apontam um crescimento dos casos de lesão intencional, principalmente, entre adolescentes e jovens. Ionara pontua que essa alta demanda também acaba por sobrecarregar os serviços de atendimento e demanda mais atenção ao tema. Outra alternativa é o contato com a Central de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188 – que conta com profissionais habilitados para dialogar com pessoas em sofrimento psicológico.
Fonte: Rádio São Luiz
