Impasse do estacionamento rotativo: “Não é um retrocesso, é uma correção visando o bem comum dos são-luizenses” destaca o Vice-presidente da Câmara

Em entrevista à Rádio São Luiz, o vice-presidente da Câmara, vereador Laureano Castilho, falou sobre a repercussão da rejeição do projeto do Executivo que criava o cargo de agentes de trânsito no município.

Segundo Laureano, “na minha compreensão, eles (agentes fiscais de trânsito) deveriam estar trabalhando desde o início do contrato, mas, conforme o prefeito Sidney Brondani, não tinha verba à época para a contratação, mandando apenas neste ano o projeto para a Câmara. Porém, tivemos vários motivos que levaram os vereadores a não aprovarem esse projeto no momento”.

Conforme o vereador, “a nossa obrigação é de dar o retorno do porquê de nossa posição. Esse projeto veio e teve uma comissão de três vereadores que analisaram. E, quando se monta uma comissão, se esgota todas as possibilidades de negociações entre as partes envolvidas, como a prefeitura e a empresa. E quando se toma uma decisão acerca de um parecer, é coisa séria. Eles (prefeitura e empresa) tiveram oportunidade de resolver os problemas mas não obtiveram êxito”.

Sobre a sua posição de votar pelo parecer desfavorável da Comissão de Infraestrutura, Laureano destacou: “Por que eu não fui de acordo? Porque hoje a empresa está deixando muito a desejar. O funcionário com mais tempo de trabalho na empresa conta com apenas sete meses de serviço (exemplificando a rotatividade de funcionários), e isso que a mesma já está instalada há dois anos. Eu tenho relatos de pessoas que já passaram pela empresa como monitores informando que eles trabalham com metas de mais de R$ 4,5 mil. Mas o mais grave que essa meta é a porcentagem de notificação. As pessoas nos têm perguntado do por quê da empresa não oferecer condições às pessoas que querem pagar o estacionamento e não encontram pessoas para pagar pela vaga. E elas viram as costas, e, quando retornam, já estão com uma notificação no carro. Hoje a notificação é de mais de R$ 13,00 e, com o agente de trânsito, se não pagar essa notificação, acabará por virar uma multa de mais de R$ 100 reais. No meu ponto de vista, isso é gravíssimo, porque o consumidor não tem condições, sendo que a empresa não ofereceu condições para esse trabalho”, salientou Laureano.

Nesse mesmo intuito, o vereador citou outros pontos negativos do estacionamento rotativo: “Têm carros que estão ‘picadinhos’ na porta por conta da largura da vaga do estacionamento, que é 2,60m pra carros, sendo insuficiente. E, no oblíquo, camionetes não conseguem estacionar. Além disso, não existem mais as pinturas nas vagas para idosos e deficientes”, relatou.

Conforme Laureano, “essa Comissão (de Infraestrutura) exigiu da empresa para que fizesse essas correções, inclusive, solicitando a instalação de parquímetros, e existe a promessa da empresa em efetuar. Mas, só por promessa não iremos atrás e, por isso, que o projeto foi recusado no momento. Porém, não impede de voltar (o projeto), mas somente com todas as exigências atendidas, uma vez que irá melhorar o serviço e o pessoal irá pagar por um estacionamento de qualidade”, enfatizou, destacando também: “A minha posição é de que o projeto volte à Casa se todas as partes (vagas) serem refeitas e, de instalar, no mínimo, uns quatro parquímetros nos locais centrais. Se todas as exigências forem atendidas, minha posição é de que o projeto volte, mas, caso contrário, os vereadores irão manter sua posição”.

DECLARAÇÃO – Sobre a declaração do prefeito de que os vereadores estariam ajudando ao retrocesso da cidade, Laureano questionou: “Eu pergunto a ele: Tantas demandas, como estradas precárias, iluminação que deixa a cidade praticamente no escuro, voluntários tendo de limpar beiras de estradas e a periferia quase intrafegável, isso não é retrocesso? A Câmara tem sido parceira, mas parece que ele (o prefeito) não está satisfeito com a parceria. Assim, ao dizer que é um retrocesso, eu digo ao povo que não. É uma correção visando o bem comum do povo são-luizense”, finalizou Laureano.

Fonte: Emerson Scheis/Rádio São Luiz