No Dia Nacional do Surdo, professora relembra conquistas e incentiva aprendizado da linguagem de sinais
Nesta quinta-feira (26), é celebrado o Dia nacional do Surdo, e fomenta a importância de ampliar a inclusão de surdos na sociedade. A professora Ilsa Dubal, que há mais de 20 anos trabalha com ensino da Língua Brasileira de Sinai – Libras, fala sobre a importância da data para a conscientização da comunidade.
Ela explica que o dia 26 de setembro faz uma homenagem a primeira escola para surdos no Brasil, que foi fundada em 1857, no Rio de Janeiro (RJ), sendo atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). Ao passo que relembra a história em âmbito nacional, rememora ainda as conquistas em âmbito municipal, quando no ano 2000, participou da criação da primeira classe de educação para surdos em São Luiz Gonzaga.
Conforme a professora, um grupo reuniu surdos da comunidade local e regional, que estavam fora do ambiente escolar e não tinham conhecimento da Libras, para assim, passar a incluí-los em uma educação de totalidade de conhecimentos e também da aplicação da língua oficial para a comunicação com surdos. “Trabalhávamos a partir do conhecimento que eles tinham. Muitos criavam gestos caseiros, para se comunicar em casa e com a família, e aos poucos, fomos apresentando a linguagem de sinais que eles ainda desconheciam, introduzindo nas suas rotinas a Libras”, disse.
Ilsa explica que a partir de uma necessidade de inserção, depois de muitas lutas, a Libras foi reconhecida como língua nacional da comunidade surda, conforme lei n°10.436/02, a modo que seja oferecida como disciplina optativa em cursos normais, nos níveis médios e superior, bem como no curso de fonoaudiologia. A professora reforça que todas essas, são conquistas recentes e que é preciso avançar ainda mais, tanto na educação como na inclusão.
Ela também destaca que em São Luiz Gonzaga há a Escola Estadual Gustavo Langsch – Polivalente, trabalha com alunos surdos e conta com interpretes, uma vez que o aprendizado destes alunos se dá somente pela visualização, diferente dos demais, que contam ainda, além da visualização, com a audição no processo de aprendizagem. Por fim, ela defende a necessidade e incentiva que as pessoas se dediquem em aprender a linguagem para que possam se comunicar por meio da visualização com o público surdo, uma vez que estes não conseguem, na grande maioria dos casos, verbalizar. Com isso, declara ela, que ocorre o processo de inclusão.
Fonte: Róbson Gomes/Rádio São Luiz