Escultura “Sublime”, referência do calçadão, está sendo restaurada

Escultura foi construída em 1995 pela artista Graça Garcia. (Foto: Carlos Sidnei/divulgação)

Vinicius Ribeiro é quem fará a restauração. (Foto: Carlos Sidnei/divulgação)

Foi iniciado ontem (13) o processo de restauração da escultura “Sublime”, um dos símbolos do calçadão. A iniciativa é do escultor Vinícius Ribeiro, da Secretaria de Turismo e Cultura e do Conselho Municipal de Turismo.

Conforme Rose Grings, a ação atende uma demanda da comunidade e busca devolver a visibilidade adequada ao monumento. Tanto o restauro como o material empregado estão sendo ofertados por Vinícius, o qual teve a aval da autora da obra, a artista são-luizense, radicada em Santa Maria, Maria das Graças Garcia Poll.

História da obra

Para saber mais sobre a escultura, nossa reportagem entrou em contato com sua autora, a bacharel em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Santa Maria, Graça Garcia. Em entrevista, ela contou que a obra foi criada em 1995 como trabalho de conclusão de curso.

“Os moradores da rua estavam construindo o calçadão e solicitaram que eu fizesse uma escultura. Na época, coincidiu com o final da graduação e com aquilo que eu tinha me proposto a fazer que eram obras públicas”, revela.

Naquele ano, Graça construiu dois monumentos: o que está instalado em São Luiz Gonzaga e outro que ocupa lugar em clube de Santa Maria. Cada um levou seis meses para ser feito e foram construídos em estúdio da cidade do centro do estado.

“Todos os valores com materiais e o transporte foram custeados pelos moradores da rua. No início, ela foi instalada no centro do calçadão. Havia um canteiro elevado, com jardins ao redor”, relembra Graça.

Segundo a autora, o nome “Sublime” é exatamente uma referência ao significado da palavra. “É o estado mental de pureza. Uma homenagem à mulher”, explica.

Graça Garcia ainda destaca que ficou muito feliz com a iniciativa. “A gente sabe o que representa e o valor público que tem para a questão social. Uma obra sempre leva à reflexão. Tem um alcance grande em todos os públicos”, conclui.

Novo local de instalação?

Algumas sugestões sobre trocas do local de exposição chegaram a ser sugeridas por internautas após a divulgação do restauro. Mas, segundo Rose Grings, o conselho decidiu manter onde está. “Levar para a Cícero, por exemplo, pode fazê-la sofrer mais com a depredação. Há ainda o fato de que ela foi construída justamente para a Treze de Maio. Teria que partir dos moradores da rua”, explica a secretária.

Fonte: Rádio São Luiz