Deputado Elvino Bohn Gass, líder do PT na Câmara Federal, fala sobre as reformas política e tributária

(Arquivo/Divulgação)

O deputado federal Elvino Bohn Gass falou nesta segunda-feira, 23, sobre o possível retorno das coligações, pauta que atualmente é motivo de debate na política nacional. O texto-base foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora será discutido no Senado.

Bohn Gass disse que a aprovação foi para evitar um “mal maior”, que seria o Distritão. O Distritão excluiria a votação proporcional nos partidos, prejudicando, na avaliação do deputado, a renovação, a candidatura de mulheres e jovens, em benefício de famosos, os chamados “outsiders”, como jogadores de futebol, artistas, youtubers, ou seja, pessoas com pouca ou nenhuma experiência política.

O parlamentar disse ser contra as coligações e que “acha que não passa no Senado”. Ele entende que poderia haver, no lugar das coligações, o que chamou de federações partidárias. Este sistema agruparia dois ou três partidos mais identificados programaticamente, mas seria uma reunião de pelo menos quatro anos “e não algo casuístico”.

Outro assunto abordado pelo deputado foi a tributação sobre serviços, produtos de consumo e salários. Bohn Gass chamou de injustiça tributária a forma como é atualmente conduzida a taxação no país. “Quando o cara mais rico compra um quilo de feijão ele paga o mesmo imposto do pobre”, comentou. Ele também alertou que as mudanças propostas pela Economia vão pesar na contribuição da classe média, que pagará mais imposto sobre sua renda. “Enquanto for sobre o salário e não sobre a renda, patrimônio, heranças, não teremos a diminuição de desigualdades”, concluiu Bohn Gass.

Fonte: Rádio São Luiz