Presidente da Coopatrigo fala sobre o andamento da colheita do trigo na região

(Arquivo/Rádio São Luiz)

Praticamente metade da colheita já foi realizada

São Luiz Gonzaga – Paulo Pires avalia que a produção de trigo na região da Coopatrigo será boa. Não houve grande “pique” de produtividade, principalmente pelos 55 dias sem chuva entre julho e agosto, mas a área de plantio maior, comparada ao ano passado, deve compensar.

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Na análise de preço pago pelo produto, o presidente da cooperativa entende que ainda é um valor atrativo. A preocupação do gestor é com os preços da lavoura de inverno do ano que vem. Houve aumento de praticamente cem por cento dos produtos. Em alguns casos, as cifras ultrapassam em três vezes o valor anterior. “O glifosato teve uma valorização impressionante”, exemplificou Paulo Pires. Esse encarecimento pode afetar o plantio.

Sobre a inflação, Paulo Pires destaca que “é um problema global”. Assim como o Brasil, grandes economias da Europa também vivem um período de encarecimento de produtos. A pandemia, questões energéticas, entre outras grandes transformações vividas pelo mundo atual “podem afetar de maneira severa os negócios do nosso dia a dia. Temos que estar atentos”, alertou o presidente.

Paulo Pires comentou ainda sobre previsão tempo e uma eventual greve dos caminhoneiros, assuntos que estão ligados à sua área de atuação. “Para a agricultura o mais importante é a distribuição da chuva do que o volume. Sou uma pessoa que tenho muita cautela quando vou falar sobre o clima. As previsões ainda precisam evoluir o grau de assertividade na questão da distribuição das chuvas”, pontuou. Sobre uma eventual greve, Paulo Pires lembrou os contratos para exportação firmados e disse que qualquer movimento que venha prejudicar o escoamento preocupa. O gestor disse que torce para que não ocorra, lembrou a boa relação da categoria com o ministro Tarcísio, mas ressaltou que o “movimento tem seus motivos”.

Paulo Pires concluiu dizendo “ser muito simpático” às energias alternativas, especialmente a energia solar, que vem ganhando adeptos no meio rural. “É uma concepção interessante de investimento”, disse ele, que afirma ter solicitado estudos sobre alternativas para, “daqui a pouco”, estender algum programa aos produtores associados.

Fonte: Rádio São Luiz