Crescimento dos crimes cibernéticos preocupa as autoridades policiais

(Foto: Ilustrativa/Divulgação)

Delegado Afonso Stangherlin comentou sobre a necessidade de aprimorar o combate a estes delitos

O Delegado Regional de Polícia Afonso Stangherlin, titular da 27ª Delegacia de Polícia Regional do Interior, com sede em São Luiz Gonzaga, falou nesta semana sobre uma das modalidades de crimes que tem preocupado cada vez mais as autoridades: os cibernéticos. Ele entende que é necessário um aprimoramento da estrutura policial e a formalização de parcerias com o Ministério Público e a Magistratura para que alguns passos no combate sejam agilizados.

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Citando exemplos de delitos que ocorrem na região, Afonso lembrou um caso recente ocorrido em Caibaté. Era o golpe parecido com o de uma pirâmide. A vítima fazia depósitos de baixo valor e recebia como aplicação outro montante. O esquema era um atrativo para que o lesado ganhasse confiança e em determinado momento fosse incentivado a fazer um depósito maior. Neste caso, a vítima chegou a pegar R$ 28 mil emprestado do banco para fazer a aplicação, até que percebeu se tratar de um golpe.

Fraudes via telefone como vendas de produto abaixo do valor de mercado, disponibilização de empréstimos, falsas ligações de bancos, são outras situações comuns. “Não entre em golpe de telefone. Não atualizem nada por telefone, não passem dados, não caiam nessa”, comentou.

“Golpe dos nudes” e cópia de páginas de instituições financeiras na internet são outras práticas que se repetem. Neste segundo caso, recentemente um empresário perdeu uma grande quantia em dinheiro. A prática criminosa consiste em copiar a página original da instituição financeira, bloquear a conta on-line e entrar em contato com a vítima simulando ser da instituição pedindo para que digite os códigos de acesso na página fake. Ao realizar o ato o golpe é concretizado.

Além de recomendar que a vítima, ao perceber se tratar de um golpe, rapidamente entre em contato com a polícia, Afonso diz que é preciso que os demais agentes envolvidos no processo de solução dos crimes agilizem, por exemplo, o bloqueio das contas. “Nós temos que aprimorar a estrutura, apostar em treinamento, parcerias com o judiciário”, reforça Afonso, que reconhece a dificuldade cada vez maior de enfrentar a engenhosidade criminosa.

Fonte: Rádio São Luiz