Crescem os casos de HIV entre jovens e idosos
As secretarias de Saúde de todo o país têm constatado, nos últimos anos, um aumento significativo de casos de HIV entre jovens e idosos. A redução das campanhas de conscientização e falta de abordagens sobre o tema são considerados fatores que estão contribuindo para os números.
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Neste mês, em virtude do carnaval, o governo do estado lançou uma campanha para enfocar o tema. Em São Luiz Gonzaga, nossa reportagem também decidiu abordar o assunto, destacando a atuação do Serviço de Assistência Especializada (SAE), grupo multiprofissional que atende os casos da doença e de prevenção no município.
Um dos entrevistados foi o médico infectologista Sérgio David Jaskulski Filho, que recuperou as principais informações sobe o vírus, formas de tratamento e de prevenção.
Diferença entre HIV e AIDS
Um dos primeiros esclarecimentos do médico é sobre a diferença que há entre estes dois termos. O HIV é o vírus que a longo prazo, sem tratamento, pode acarretar no surgimento da AIDS. A AIDS é a forma mais grave da doença, pois atua na deterioração das células de defesa, fazendo com que até mesmo uma gripe possa desencadear uma pneumonia grave.
Transmissão
As principais formas de transmissão são pela relação sexual desprotegida, transfusão de sangue contaminado e drogas injetáveis.
Sintomas
O vírus é silencioso e fica se replicando no corpo por um período de até 10 anos, quando acaba desenvolvendo a AIDS. Nesta fase grave ocorre queda de cabelo, emagrecimento considerável em curto período de tempo, fadiga, dores musculares e o surgimento de “doenças que acompanham a AIDS como o caso da tuberculose”.
Tratamento
Conforme o infectologista Sérgio David Jaskulski Filho, os medicamentos antirretrovirais, utilizados no tratamento, avançaram desde os anos 1980, quando a doença assustou o mundo. Apesar de ainda não ter cura, um paciente com HIV, ao fazer o tratamento correto, pode viver com o vírus normalmente, com a imunidade restaurada. Em uma analogia, Jaskulski cita o caso de um paciente hipertenso, que consegue controlar sua doença com a medicação.
Prevenção
O infectologista do SAE cita que o Ministério da Saúde trabalha com a chamada “roda da prevenção continuada”, que nada mais é do que reforçar a importância do uso da camisinha, testagem rápida e gratuita nos postos de saúde e abordagem da educação sexual nas escolas, algo que deixou de ocorrer. Outro avanço recente é o chamado tratamento pré-exposição (PREP), no qual a pessoa faz uso de medicação para prevenir o HIV. Contudo, embora seja eficiente, Jaskulski reforça que é somente a camisinha que previne as demais doenças sexualmente transmissíveis.
O Serviço de Assistência Especializada (SAE) fica no Materno Infantil e o atendimento ocorre de segunda a quinta-feira, das 7h às 11h30min. Qualquer dúvida pode ser esclarecida com a equipe ou nas ESF’s.
Fonte: Rádio São Luiz