Safra 2021/2022 está sendo a mais cara em 100 anos, explica presidente do Sindicato Rural

Em entrevista à Rádio São Luiz, a presidente do Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga, Margareth Costa Beber, comentou sobre a crise no setor agrícola provocada pela estiagem e as ações que as entidades do Setor estão tomando para buscar amenizar os prejuízos advindos aos produtores.

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Conforme Margareth, “o Sindicato Rural, assim como as demais entidades ligadas ao setor produtivo, estão há 30 dias realizando o encaminhamento do processo de situação de emergência, ao qual o prefeito decretou nesta semana. Já estávamos monitorando a situação climática e os reflexos para o produtor rural, e, logo que iniciamos o acompanhamento, estávamos com uma perda de 15% a 20% nas lavouras; hoje, em menos de 30 dias, já estamos com perdas de 70% e de até 100% em algumas lavouras”, comentou a dirigente sindical, explicando que a Safra 2021/2022 está sendo a mais cara dos últimos 100 anos, conforme contabilizada: “O impacto não é somente da estiagem em si, mas também pelos custos que o produtor está tendo de arcar, com insumos de preços elevados, dentre outras consequências do período prolongado de seca”.

Para a presidente do SR, a vinda nesta semana às Missões da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pode significar ações de auxílio do Governo Federal à situação enfrentada no RS: “Vejo essa visita da Ministra com bons olhos, pois acho que a vinda dela vai sensibilizar os governantes. Precisamos de uma tomada de decisão do Governo Federal na questão da situação financeira dos produtores, propondo renegociação e prorrogação das dívidas, o que precisa ser feito até junho”.

Para Margareth, o problema da falta de água não é recente, mas data de meses atrás: “Não é de dois meses. Estamos com esse problema da estiagem desde agosto, pois já tivemos uma queda de produção no trigo pela falta de chuva, e não sabemos até quando se estenderá essa estiagem. E a situação está piorando, pois as chuvas não estão chegando e tem lugares em que as perdas são de até 100%. Por isso, acredito que a vinda da ministra Tereza Cristina pode ser um indicativo de atendimento das demandas pelo Governo Federal, pois, caso contrário, se o governo não se sensibilizar, não saberemos o que fazer”, enfatizou a presidente do SR.

Fonte: Rádio São Luiz

Foto: Reprodução/Internet