Professor Rafael Meirelles alerta para necessidade de combater a proliferação do Aedes aegypti agora, pois do contrário haverá aumento expressivo do mosquito na primavera e verão

(Foto: Divulgação)

O professor do Curso de Agronomia da Uergs e integrante do Comitê Municipal de Combate à Dengue Rafael Meirelles informou que o município de São Luiz Gonzaga contabiliza, até o momento, mais de 60 casos de dengue. O número é bastante preocupante, principalmente por estarmos em meio às estações frias, em que os casos deveriam diminuir.

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Rafael lembrou que há 20 anos o Aedes aegypti era “um problema distante”, mas o mosquito exótico soube se adaptar ao nosso inverno e vem debilitando pessoas, inclusive com o desfecho de óbitos no estado em episódios recentes.

O professor reforçou que o combate ao mosquito é uma ação de coletividade, com cada um fazendo a sua parte, pois a maioria dos focos está nos quintais das residências.

Ele ressaltou que ao contrário do que a gente pensa, o mosquito se cria em qualquer água que não seja ácida, ou seja, na água barrenta é até no esgoto é possível que surjam criadouros.

Rafael também enfatizou que além da dengue, o mosquito transmite a zika, uma doença que apresenta risco para bebês durante a gravidez, resultando na microcefalia.

Até às 17h de hoje, na Praça da Matriz, na barraca da Aparp, uma equipe está ensinando a fazer armadilhas com garrafas PET que ajudam a evitar a proliferação do Aedes. Rafael alerta que se não reduzirmos a população do mosquito agora, na primavera e verão os números deverão ser ainda mais altos.

Por fim, Rafael falou sobre o “fumacê”, alertando que o produto tem eficiência muito baixa e é prejudicial, por exemplo, às abelhas. Uma dica citada pelo professor foi que as pessoas utilizem repelente com frequência, especialmente crianças e idosos.

Fonte: Rádio São Luiz