Entrevista com Dr. Grings aborda atendimento médico e posição contrária à CPI no Hospital São Luiz Gonzaga

Arquivo/Rádio São Luiz

Assista a entrevista na íntegra neste link (aqui)

Nesta quarta-feira, 05, durante entrevista ao programa Olho Vivo, na Rádio São Luiz, o Diretor Clínico do Hospital São Luiz Gonzaga, médico Luís Grings, explicou os procedimentos que foram, segundo ele, adotados no atendimento do pai do vereador Misael Porto, falecido no último dia 17, e também sobre os motivos que justificam seu posicionamento contrário à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

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Sobre o primeiro assunto, Grings disse que pediu uma investigação dos procedimentos adotados no atendimento do paciente em questão. Ele afirmou que há prova documentada de que o médico tentou três transferências, primeiro para o Unacom, em Santo Ângelo, depois para o Cacom, em Ijuí, e depois para um hospital com UTI, mas em todas elas não teve êxito, contrapondo o vereador Misael, que alegou que a decisão de não transferir teria partido do médico.

Sobre a CPI, Grings iniciou contextualizando a realidade vivenciada pelo Hospital há 25 anos, quando a casa de saúde se encontrava com uma dívida de R$ 35 milhões. Somente há oito anos, segundo ele, a casa de saúde conseguiu colocar as negativas em dia e com isso tornou-se apta a receber os recursos públicos. Hoje, a dívida (R$ 8 milhões) está parcelada e deverá ser quitada nos próximos três anos. O valor mensal é de aproximadamente R$ 200 mil.

O Diretor Clínico atribuiu o sucesso dessa captação de recursos junto a deputados, valor que somado seria de aproximadamente R$ 15 milhões, ao trabalho conjunto de todos os vereadores do Legislativo, que se reuniram em uma comissão pluripartidária e passaram a obter conquistas nas esferas estadual e federal.

No entendimento de Grings, a instalação de uma CPI iria atrapalhar a sequência dessa captação de recursos, pois afetaria a imagem do Hospital, abrindo margem para que os deputados ficassem receosos em repassar novos valores. Ele acrescentou que a prestação de contas é feita em audiências públicas e que as contas estão abertas para apreciação, sem a necessidade da criação da CPI.

Quanto ao valor de R$ 2,6 milhões que são para a construção e adequação do local onde será instalada a UTI, Grings explicou que o processo está demorando porque primeiro foram gastos dois anos para encontrar uma empreiteira, depois mais dois anos com projetos. Quando a obra iria iniciar, os locais onde seriam realizadas as intervenções foram ocupados para a Ala Covid.

No entanto, ele acrescentou que com esse recurso foi possível deixar o setor de imagem praticamente pronto, que a pediatria e o hall de entrada da área psiquiátrica estão remodelados, e que o restante do valor está em caixa para a sequência das obras da futura UTI. A demora para a conclusão, no momento, é atribuída à empreiteira, mas a ruptura do contrato com ela não é uma alternativa viável.

Por fim, sobre as reclamações no atendimento do Plantão, o médico destacou o grande volume de pacientes que procuram o local, acrescentando “que nenhum sai de lá sem ser atendido”. Ele concluiu pedindo para divulgar o seu telefone (55) 9 9961-4005 para que pessoas que enfrentarem problemas entrem em contato para que ele busque a solução.

Assista a entrevista na íntegra neste link (aqui)

Fonte: Rádio São Luiz