A influência dos amigos no consumo de drogas entre jovens ainda representa um grande desafio

Foto: Canva/Divulgação

Há estudos que afirmam que a aprovação dos amigos influência bastante o modo como adolescentes se comportam. Esse fator é apontado pelos especialistas como um risco para que o jovem inicie o contato com o álcool, cigarro e outras substâncias psicoativas.

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O Delegado Regional de Polícia Afonso Stangherlin, ao abordar o tema, destaca que “não tem traficante mandando viciar outros. Esse trabalho é feito gratuitamente pelos amigos”.

A afirmação se relaciona com outra realidade preocupante: as drogas sintéticas estão cada vez mais viciantes e perigosas. Uma dose errada pode ser fatal, além, claro, dos outros problemas que decorrem deste vício.

Neste sentido, Afonso critica o posicionamento de descriminalizar as drogas. “Se tirarmos o câncer e o Alzheimer da lista de doenças elas não vão desaparecer. [Descriminalizar] é uma visão muito simplista”, comenta.

Outros dois assuntos comentados pelo policial são a pena de morte e a redução da maioridade penal. O Delegado afirmou que a expectativa de vida de quem está envolvido com o tráfico é baixa, pois este é um meio violento, “mesmo cenário de um palco de guerra”. Falar desse tema, no seu entendimento, “é um debate estéril”. Afonso também se posiciona contra a redução da maioridade penal, comentando que no universo de 600 mil presos no país, de 20 a 30 mil são adolescentes apreendidos. Destes, quatro mil podem ser considerados violentos. “Somos 220 milhões de brasileiros. Nós vamos baixar a menoridade penal para todos os nossos irmãos, filhos por causa de quatro mil pessoas? Tu tá engatilhando uma arma para tua cara, tu tá baixando a menoridade penal para 99,99% das pessoas honestas, que tem esse direito de até os 18 anos errar e não ser tão grave”, comentou.

Fonte: Rádio São Luiz