Major Brum fala sobre confusão ocorrida na Praça da Matriz e as medidas adotadas pela Brigada Militar

Major Eduardo dos Santos Brum (Arquivo/Rádio São Luiz)

Confusões como as registradas em São Luiz também já ocorreram em Caibaté, Roque Gonzales, Bossoroca e Porto Xavier

São Luiz Gonzaga – O Major Eduardo dos Santos Brum, Comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, falou nesta segunda-feira, 22, sobre a confusão ocorrida na Praça da Matriz de São Luiz Gonzaga na noite de sábado para domingo. O oficial iniciou lembrando que a região está há pelo menos três meses sem ocorrência de roubo a estabelecimento, sem roubo a pedestre e os furtos em residências, se comparado com indicadores de quatro ou cinco anos atrás, tiveram redução de 80%.

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Os dados apresentados, conforme o Major, exemplificam o empenho dos órgãos de segurança pública, colocando a região de abrangência do 14º BPM em alto nível de segurança. “Isso mostra que o trabalho contra a criminalidade vem dando resultado”, frisou.

Quanto às cenas registradas pelas câmeras de celulares, de segurança e do próprio sistema de videomonitoramento, Brum explicou porque não aparecem viaturas da polícia no momento do ocorrido. Segundo ele, episódios como este ocorrem de forma muito rápida. “São questões de minutos”. A Brigada Militar chegou ao local no mesmo momento em que o Samu, que foi acionado para socorrer um dos envolvidos na briga.

Além disso, o oficial ressaltou que a polícia tem outras ocorrências para atender, pois a área de atuação do Batalhão abrange 13 municípios. Na noite do fato houve fuga de motorista embriagado, perseguição na BR 285 e ocorrência de tumulto em Bossoroca, muito semelhante ao ocorrido em São Luiz, e que também precisou de intervenção de um considerável efetivo. Após a atuação, ainda há toda a demora do trâmite burocrático da ocorrência, o que muitas vezes faz com que os militares fiquem “empenhados”.

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Brum ainda revelou que as supostas vítimas da agressão não quiseram registrar ocorrência. “A gente chama de vítima, pois apanhou, mas antes de apanhar também deu causa. Quem não quer brigar não briga, o ouvinte sabe o que eu estou dizendo”, comentou, acrescentando que episódios como este são sempre protagonizados por uma minoria.

As pessoas envolvidas na confusão e o veículo que estava dando “cavalo de pau” foram identificados e haverá responsabilização, com as ocorrências remetidas à Polícia Civil. Quanto à impedir que ocorram as aglomerações, Brum ressaltou que a Constituição garante o direito de ir e vir, o que compreende o direito de permanecer. “Não posso chegar na calçada e mandar sair, é crime de abuso de autoridade. A não ser que esteja cometendo algum tipo de crime”, disse.

Fim de ano

O oficial ainda falou que para a Virada do Ano as mesmas estratégias do ano passado devem ser adotadas. Ele lembrou que houve reclamação de alguns comerciantes por conta da restrição de circulação ao longo do último dia do ano e que deve buscar um meio termo para 2021, mas frisou que as “batalhas campais” da madrugada não ocorreram. “A Brigada não precisou efetuar um disparo de bala de borracha, não teve boletim de ocorrência, o hospital não precisou atender feridos. O efeito foi satisfatório. Tanto que eu sempre era chamado no dia seguinte para dar explicações sobre os brigões e mal educados na praça. Depois do ocorrido, passado um ano, é a primeira vez que eu falo que não aconteceu nada”, concluiu.

Por Kelvin Morais

Fonte: Rádio São Luiz